O Senado apura o caso de tentativa de fraude que ocorreu na votação da presidência da Casa, no dia 2 de fevereiro. A corregedoria aponta seis parlamentares como suspeitos.Na votação que acabou anulada, foram computados 82 votos, mas o Senado possui apenas 81 membros. Eleito posteriormente na eleição, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AL), disse que é preciso ter cautela nas investigações.Alcolumbre afirmou que conversou rapidamente com o corregedor do Senado, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), e que ele solicitou a contratação de um perito para auxiliar na investigação."Vi na imprensa que a corregedoria tinha a possibilidade de ter seis nomes (suspeitos de ter colocado dois votos na urna), disse Alcolumbre. "Acho que a corregedoria está fazendo o trabalho dela", afirmou.O presidente do Senado deve conversar nesta quinta-feira, 14, com Rocha para saber mais detalhes da investigação. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Roberto Rocha disse que pediu ajuda ao ministério da Justiça, Sergio Moro, e à Polícia Federal para apurar o caso. Mais de 11 mil fotografias e vídeos da votação serão analisados.Rocha declarou que já analisou as imagens, mas que é necessário equipamento de alta tecnologia para concluir a investigação. Para o corregedor, “é pouco provável” que o voto duplo tenha sido um equívoco, mas sim um ato intencional.“Alguém por equívoco ou má fé, não posso dizer ainda, embora seja muito pouco provável que tenha sido um equívoco deixou de botar a cédula dentro do envelope para colocar duas cédulas dentro da urna, sem envelope. “Alguém substituiu um envelope por uma segunda cédula. Em que momento foi isso? É o que estamos olhando nas imagens”, disse.Após análise das imagens, Rocha afirmou ter observado que, dos 81 senadores, não é possível ver com clareza o momento da votação de seis deles. Os seis, que não tiveram seus nomes revelados, são considerados suspeitos.(Com Estadão Conteúdo)