Um grupo liderado pelo senador Sergio Moro (União-PR) deve procurar, nos próximos dias, o presidente do Senado para solicitar a criação de uma comissão com o objetivo de acompanhar as eleições na Venezuela. Na última semana, a Comissão de Segurança Pública ouviu Maria Corina Machado, líder da oposição venezuelana. Ela é a candidata de oposição mais bem posicionada nas pesquisas.
Em depoimento prestado por videoconferência, a venezuelana contou que há anos está proibida de sair do país e impedida até mesmo de circular internamente. Em um ato inconstitucional recente, o governo do ditador Nicolás Maduro proibiu a ex-deputada de disputar eleições por 15 anos. O próximo pleito presidencial vai ocorrer no ano que vem.
Os venezuelanos também irão às urnas em outubro para escolher o candidato que concorrerá contra o ditador Maduro. O atual presidente da Venezuela foi eleito vice-presidente na chapa liderada por Hugo Chávez nas eleições de 2012 e governa o país por decreto, com poderes especiais, desde novembro de 2013.
Em 2018, a eleição de Maduro não foi reconhecida pelo então presidente Michel Temer. Desde então, o Brasil passou a fazer parte do Grupo de Lima – fórum de líderes que tentam encontrar uma solução pacífica para a crise política da Venezuela. Com a eleição de Lula, o Brasil voltou a ter relações com o país vizinho.
“Lula tem proximidade com Maduro e poderia usar isso para gestionar a liberdade na Venezuela com mais facilidade do que Bolsonaro, que era contrário à ditadura do país”, diz o senador Sergio Moro.