O governo de Jair Bolsonaro exonerou Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares. O ato assinado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi publicado nesta quinta-feira, 31, no Diário Oficial da União (DOU). Ainda não se sabe quem será o substituto. Houve saídas também na secretaria de Cultura e na Abin.
A gestão de Camargo começou no fim de 2019 e foi marcada por polêmicas, principalmente relacionadas à questão racial. A última delas ocorreu após a morte do congolês Moïse Kabagambe, assassinado no Rio de Janeiro. Camargo disse à época que tratava-se de “um vagabundo morto por outros vagabundos”. A declaração causou revolta em diversos setores da sociedade, do próprio governo ao Judiciário.
TROCA NA CULTURA E ABIN
Outra troca ocorreu na Secretaria Especial de Cultura. O governo exonerou Mario Frias, também nesta quinta, e nomeou Hélio Ferraz de Oliveira, que era secretário nacional do audiovisual. Frias, que se filiou ao PL no dia 12 de março, deve ser candidato a deputado federal por São Paulo este ano. Ele estava no posto desde junho de 2020, quando substituiu a atriz Regina Duarte. A gestão também foi marcada por polêmicas.
O governo também exonerou Alexandre Ramagem do cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A mudança foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ainda não foi definido um substituto para Ramagem, que em 2018 coordenou a segurança do então candidato Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Ele estava no cargo desde novembro de 2019.