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Sergio Moro reage a novos diálogos: ‘Um balão vazio, cheio de nada’

Ministro da Justiça e o procurador Deltan Dallagnol voltam a colocar em dúvida a autenticidade do conteúdo divulgado pelo site The Intercept Brasil

Por Da Redação Atualizado em 16 jan 2020, 13h35 - Publicado em 29 jun 2019, 15h50

O ministro da Justiça, Sergio Moro, se manifestou pelo Twitter sobre as novas mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil. O ex-juiz voltou a colocar em dúvida a autenticidade das conversas e minimizou o conteúdo discutido pelos procuradores. Segundo os diálogos, os membros do MPF criticaram a atuação do então juiz e sua aproximação com Jair Bolsonaro (PSL), que acabara de vencer as eleições de 2018. “A matéria do site, se fosse verdadeira, não passaria de supostas fofocas de procuradores, a maioria de fora da Lava-Jato”, escreveu o ex-juiz na rede social.

Ele se baseou na informação de que as mensagens foram adulteradas, algo que “só reforça que as mensagens não são autênticas”. Pelo Twitter, o jornalista Glenn Greenwald, editor The Intercept Brasil, admitiu que foi um erro de edição a publicação do nome do procurador Ângelo Goulart Villela – preso em 2017 – antes que o conteúdo estivesse disponível no site. De acordo com a reportagem, trata-se, na verdade, de Ângelo Augusto Costa, também do MPF. “Nós cometemos um erro ao colocar os bate-papos no formato online porque havia 2 Angelos. Nós o corrigimos antes de ser publicado quando detectado por nossa checagem de fatos”, escreveu.

De acordo com o ministro, as mensagens divulgadas são “um balão vazio, cheio de nada” e que a divulgação visa, apenas, constranger a força-tarefa da Lava-Jato. “Até quando a honra e a privacidade de agentes da lei vão ser violadas com o propósito de anular condenações e impedir investigações contra corrupção?”, indagou Moro.

O procurador Deltan Dallagnol também usou o Twitter para comentar os diálogos. “As mensagens que circulam como sendo de integrantes da Força-Tarefa da Lava Jato já acumulam diversas evidências de adulteração, além de serem produto de um crime cibernético”, escreveu Dallagnol. Assim como Moro, ele não reconhece a autenticidade do conteúdo publicado pelo site: “Os procuradores da FT e outros que seriam os autores das mensagens não as reconhecem como autênticas”.

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Dallagnol afirmou ainda que as sentenças de Moro, quando juiz, foram referendadas por instâncias superiores. “Os ataques deferidos contra a Lava Jato são inócuos porque a operação é sustentada com base em provas e está submetida ao crivo do Poder Judiciário, que já validou o trabalho desempenhado pela força-tarefa em diferentes instâncias”, afirmou o procurador.

Ele escreveu que a força-tarefa não vai se acuar diante do que classificou como ataques e disse que a Operação Lava-Jato seguirá cumprindo sua “função constitucional”. Ele atribuiu a publicação das mensagens a interesses de poderosos. “Os procuradores que atuam na Lava Jato sabem do incômodo causado pela operação a pessoas ricas e poderosas”, encerrou Dallagnol.

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