Sindicato dos Delegados de SP critica gestões de Derrite e Tarcísio: ‘estamos à míngua’
Sindpesp apontou 'falta de diálogo' na relação com o secretário de segurança e promessas não cumpridas pelo governador
O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) se manifestou, nesta segunda-feira, em tom crítico às gestões do secretário de segurança estadual licenciado, Guilherme Derrite, e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Segundo a entidade, há falta de diálogo entre o Sindpesp e Derrite, que não teria entregado à Polícia Civil paulista a nova Lei Orgânica da instituição. Desde que um grupo de trabalho nomeado pelo secretário começou a deliberar sobre o assunto, o sindicato estaria tentando obter informações concretas sobre o dispositivo, sem sucesso.
“Os trabalhos começaram em fevereiro de 2025 e foram prorrogados por duas oportunidades – sem qualquer publicidade. O sindicato quer ter acesso ao teor da legislação, antes que a mesma seja encaminhada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para deliberação”, diz trecho da nota divulgada pelo Sindpesp.
Presidente da entidade, Jacqueline Valadares apontou a existência de “gritante desvalorização remuneratória” da categoria em São Paulo. De acordo com a delegada, há 15.000 cargos vagos na Polícia Civil paulista de um total de 42.000 previstos – de delegados a investigadores, de escrivães a peritos criminais, além da ausência de um plano de carreira que assegure não somente a ausência de interferências políticas nas promoções, mas, sobretudo, o fim da sonegação de direitos básicos, como hora-extra, adicional por trabalho noturno e auxílio-saúde, entre outras deficiências estruturais.
“Estamos à míngua, à deriva. O governador de São Paulo (Tarcísio Gomes de Freitas) ofereceu policiais ao estado do Rio de Janeiro, dias atrás, como auxílio a operações contra o crime organizado. Enquanto isso, o secretário (Guilherme) Derrite deixou o cargo e foi para Brasília, tratar de Projeto Antifacção. Como se em São Paulo estivesse tudo bem, em ordem e em dia. Como se aqui não houvesse, também, crime organizado. Só em 2025, mais de 1.400 servidores deixaram a Polícia Civil. Como combatemos o PCC (Primeiro Comando da Capital) assim?”, disse Jacqueline.
A entidade sindical ainda cobrou promessas que Tarcísio teria feito à categoria em em 2022, ainda na disputa do republicano pelo Palácio dos Bandeirantes:
“Queremos saber quando a Polícia Civil de São Paulo será realmente valorizada, ou se isso ficará para a campanha de 2026. Sem cumprir o prometido, falar em combate às organizações criminosas é, tão somente, retórica política populista. A Polícia Civil de São Paulo, hoje, vive de postagens do governador”, diz outro trecho da nota.
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