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Sínodo da Amazônia é ‘da Igreja para a Igreja’, diz CNBB

Secretário-geral do órgão gravou vídeo em resposta ao Planalto

Por Da Redação
Atualizado em 12 fev 2019, 11h56 - Publicado em 12 fev 2019, 10h30
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  • Dom Leonardo Steiner: secretário-geral da CNBB defende evento convocado por papa Francisco (CNBB/Divulgação)

    Em resposta à preocupação do governo federal de que o Sínodo da Amazônia prejudique a soberania nacional, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) afirmou que o evento é “da Igreja para a Igreja”.

    Em um vídeo divulgado nesta segunda-feira 11, o secretário-geral do órgão, Dom Leonardo Steiner, afirmou que o sínodo convocado pelo papa Francisco para outubro deste ano servirá para encontrar “novos caminhos para a evangelização, para a Pan-Amazônia”.

    “É um evento, uma celebração da Igreja para a Igreja. É claro, da Igreja para a Igreja, envolve toda a questão da Pan-Amazônia: os povos, o meio ambiente, toda essa realidade certamente será abordada”, disse dom Leonardo no vídeo.

    Em nota divulgada no domingo 10, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) confirmou que existe “preocupação (…) com alguns pontos da pauta do Sínodo sobre a Amazônia que ocorrerá no Vaticano, em outubro deste ano”.

    Na nota de esclarecimento, o GSI, comandado pelo general Augusto Heleno, confirma que “parte dos temas do referido evento tratam de aspectos que afetam, de certa forma, a soberania nacional. Por isso, reiteramos o entendimento do GSI de que cabe ao Brasil cuidar da Amazônia Brasileira”.

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    O gabinete acompanha as discussões para o evento que irá abordar temas considerados pelo governo como uma “pauta da esquerda”, como desmatamento, indígenas e quilombolas.

    O GSI, contudo, negou que a Igreja Católica seja “objeto de qualquer tipo de ação por parte da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)”.

    Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o Palácio do Planalto teria recebido relatórios de inteligência com detalhes das reuniões de preparação do evento religioso para tentar neutralizar o que considera uma brecha para críticas internacionais ao governo por parte de bispos brasileiros da Igreja Católica.

    Cobranças da oposição

    A oposição ao governo Jair Bolsonaro quer convocar o ministro Augusto Heleno, chefe do GSI, para prestar explicações das atividades de inteligência sobre o “clero progressista”

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    O deputado Marcio Jerry (PCdoB-MA) promete protocolar nesta terça-feira, 12, na Câmara, um requerimento de convocação de Heleno. No entendimento do parlamentar, há “espionagem política das atividades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por parte da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)”.

    O deputado pede que o plenário da Câmara aprove, por maioria simples, a convocação do ministro. Se isso ocorrer, Heleno será obrigado a ir à tribuna da Casa para se pronunciar e depois responder aos questionamentos dos parlamentares. Cabe ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convocar a “Comissão Geral” para ouvir o ministro. Uma falta configura crime de responsabilidade.

    “Esse tipo de procedimento é muito grave e inadmissível num Estado Democrático de Direito, contraria as garantias constantes da Constituição Federal e precisa ser urgentemente explicado pelo governo. Se de fato a Presidência da República, por meio da Abin, estiver espionando e tratando a CNBB como ‘inimiga interna’, estará diante de um dos maiores escândalos deste começo de ano. É inaceitável a volta da ‘doutrina da segurança nacional’ utilizada de maneira nefasta pela ditadura banida do nosso País há três décadas”, escreveu o deputado.

    (Com Estadão Conteúdo)

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