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Temer acerta votação da Previdência antes do recesso parlamentar

Em reunião no Palácio do Planalto, presidente combinou com líderes da base governista ter uma semana para convencer deputados federais

Por Reuters Atualizado em 8 dez 2017, 11h26 - Publicado em 8 dez 2017, 11h09

O presidente Michel Temer acertou, em reunião com lideranças da Câmara, somente colocar em votação a nova versão da reforma da Previdência na semana entre os dias 18 e 22 de dezembro, a última de atividade legislativa do Congresso. A avaliação foi que, com mais uma semana de trabalho para convencer deputados da base, será possível garantir uma margem de segurança para aprovar o texto.

O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que a data combinada para analisar a PEC da reforma da Previdência é o próximo dia 18 de dezembro. Segundo uma fonte palaciana, a intenção é buscar a votação do segundo turno, logo em seguida, com a aprovação de um pedido para quebrar os prazos regimentais.

Temer recebeu no Palácio do Planalto a visita do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e dos líderes do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Arthur Lira (DEM-AL), Efraim Filho (PRB-PB), Cleber Verde (PRB-MA), e um dos vice-líderes do governo na Casa, Beto Mansur (PRB-SP).

No encontro foi feita a apresentação de uma contabilidade dos apoios do governo à reforma. Os cálculos apontam que o governo teria 280 votos certos a favor da proposta, menos do que os 308 votos necessários para aprovar a mudança. Com mais uma semana para buscar novos apoios, o governo pretende intensificar as articulações com os partidos da base.

Uma das ideias em estudo é até mesmo acenar com o retorno aos cargos no Executivo de apadrinhados de deputados que tenham votado contra Temer nas duas denúncias, desde que votem a favor da reforma da Previdência. Essa sugestão foi feita por Rodrigo Maia na véspera, em jantar promovido por Temer com dirigentes partidários no Palácio da Alvorada.

“Quem voltar ao governo, poderá contar com as benesses de ser governo”, disse a fonte. O Palácio do Planalto espera conquistar votos em partidos da base que não devem fechar questão. As principais preocupações estão, no momento, no PSD e no PR, dois partidos que têm resistido a apoiar a proposta.

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