Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Temer recorre para adiar interrogatório sobre obstrução à Justiça

Presidente é alvo de inquérito aberto a partir da delação premiada de executivos da JBS; ele defende aguardar fim da perícia antes de depor à PF

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2017, 17h00 - Publicado em 24 Maio 2017, 16h01

A Polícia Federal bem que tentou, nesta quarta-feira, agendar uma data para que o presidente Michel Temer (PMDB) seja interrogado no inquérito em que é acusado de corrupção passiva, obstrução à Justiça e formação de organização criminosa em razão das revelações do empresário Joesley Batista, delator premiado da Operação Lava Jato. Uma escrivã da PF questionou hoje a defesa sobre “a data em que o presidente poderia ser inquirido” pela autoridade policial, mas os advogados de Temer querem adiar seu interrogatório até que seja concluída a perícia nos áudios gravados pelo dono da JBS.

Um recurso da defesa de Temer endereçado ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirma que, primeiro, deve ser concluída a perícia para depois o próprio relator da Lava Jato ouvir a versão do presidente ou receber as respostas do peemedebista por escrito. A legislação estabelece que “o presidente e o vice-presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofício”.

Segundo o advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que atua na defesa de Temer, tomar o depoimento do presidente neste momento seria uma “providência inadequada e precipitada”, já que a própria Polícia Federal estimou em até trinta dias o prazo para concluir a análise de eventuais edições e trucagens na conversa em que o político ouve Joesley Batista afirmar que estava comprando dois juízes e um promotor e em que supostamente dá aval para que o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) seja remunerado para permanecer em silêncio. “Pretende-se, primeiramente, a suspensão do ato de oitiva do Senhor Presidente da República, até a ultimação das providências periciais”, disse Mariz no recurso apresentado ao STF.

A Polícia Federal já recebeu os dois gravadores utilizados por Joesley Batista nos registros de conversas comprometedoras com integrantes do governo. Segundo a Polícia Federal, serão necessárias “análises metódicas e meticulosas” dos áudios. Na perícia a ser feita Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, serão feitos três tipos de exame: análise de conteúdo, que engloba a transcrição da conversa e a análise do áudio segundo a segundo; comparação de locutor e verificação de edições, que tem por objetivo apurar elementos indicativos de alterações ou adulterações.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.