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TSE abre investigação sobre Bolsonaro e mensagens contra PT no WhatsApp

Ministro Jorge Mussi, no entanto, negou pedidos da sigla por investigações e medidas cautelares; PGR pede à Polícia Federal inquérito contra fake news

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 out 2018, 21h44 - Publicado em 19 out 2018, 21h03

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Jorge Mussi abriu na noite desta sexta-feira, 19, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) pedida pelo PT contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. A Aije foi levada ao TSE após o jornal Folha de S. Paulo publicar que empresários bolsonaristas pagaram para disseminar notícias falsas contra o PT e o presidenciável Fernando Haddad por meio do WhatsApp.

Ao final da investigação na ação, os petistas querem que a Corte Eleitoral declare a inelegibilidade de Bolsonaro para a atual eleição e as dos próximos 8 anos.

Mussi, no entanto, negou os pedidos do partido por investigações e medidas cautelares contra o empresário Luciano Hang, dono da rede Havan, um dos que, conforme a Folha, contribuiu ilegalmente com a campanha do pesselista. A legenda queria que fossem expedidos mandados de busca e apreensão em endereços de Hang.

O ministro, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, também não atendeu à solicitação dos petistas para que o WhatsApp apresentasse, no prazo de 24 horas, um “plano de contingência” para interromper a suposta rede de mensagens contra a sigla e Haddad, “sob pena de suspensão de todos os serviços do aplicativo de mensagens Whatsapp até cumprimento da determinação”.

Jorge Mussi afirma no despacho que os pedidos não poderiam ser concedidos porque a ação do PT está baseada em reportagem jornalística, “cujos elementos não ostentam aptidão para, em princípio, nesta fase processual de cognição sumária, demonstrar a plausibilidade da tese em que se fundam os pedidos”. O ministro entende que, no caso, a concessão de liminares “deve ser acompanhada de muita cautela” e “em caráter excepcional”.

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Mussi abriu prazo de cinco dias para que Jair Bolsonaro apresente sua defesa na ação de investigação. Por meio de uma transmissão em sua página no Facebook nesta quinta-feira, 18, Bolsonaro negou que sua campanha tenha relação com notícias falsas disseminadas no WhatsApp e redes sociais contra Fernando Haddad

Leia aqui a íntegra da decisão de Jorge Mussi.

PGR pede inquérito contra fake news

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta sexta que a Polícia Federal abra uma investigação para apurar se empresas têm disseminado, “de forma estruturada”, mensagens referentes a Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. A solicitação de Dodge foi enviada ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, por meio de um ofício. 

“Esta situação exige que se apure quem presta serviços com uso especializado e estruturado de logística empresarial para divulgação, em massa, de informações falsas sob ótica criminal”, sustenta a chefe da PGR. “Este quadro de possível interferência, por meio de tecnológicos, na formação de opinião de eleitores sobre os candidatos, com base em possíveis falsas informações ou mensagens ofensivas à honra e à imagem dos dois candidatos, afronta a integridade do processo eleitoral e é uma nova realidade mundial, que exige investigação”, completa Raquel Dodge.

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