O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou à agência Reuters na última segunda-feira, 11, que convidou a União Europeia pela primeira vez para observar as eleições gerais brasileiras deste ano.
Em resposta, o vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, agradeceu a iniciativa e disse que consultaria os 27 estados-membro do bloco e o Parlamento Europeu. Até agora, o convite não foi oficialmente aceito.
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O TSE ainda afirmou à Reuters que convidou outros grupos e instituições internacionais para montar missões de observação eleitoral, incluindo a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Carter Center, o parlamento do Mercosul e a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES).
O presidente Jair Bolsonaro, que ataca com frequência o sistema eleitoral brasileiro, tentará sua reeleição em 2022. O convite do TSE ocorre em meio ao medo de que o líder não aceite o resultado de outubro e acuse a votação de ter sido adulterada.
A deslegitimação do sistema eleitoral preocupa autoridades e eleitores. No ano passado, quando Donald Trump, colega americano de Bolsonaro, não aceitou a derrota nas urnas, a consequência foi uma invasão ao Capitólio que culminou em mortes e feridos. Na época, o brasileiro disse, sem evidências, que havia relatos de fraudes no pleito dos EUA.
Com Reuters