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Tucano Beto Richa é denunciado pela terceira vez na Lava Jato

Em troca de propina de 7,5 milhões de reais, ex-governador é acusado de favorecer consórcio em licitação de rodovia no Paraná

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2019, 19h24 - Publicado em 5 jun 2019, 15h58

O ex-governador do Paraná Beto Richa  (PSDB-PR) foi denunciado pela terceira vez na Lava Jato. Nesta quarta-feira (5), o Ministério Público Federal em Curitiba denunciou o tucano e outras seis pessoas pelos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação nas obras de duplicação de uma rodovia estadual, em 2014.

De acordo com a Procuradoria, aliado ao seu ex-assessor Ezequias Moreira, seu irmão e ex-secretário, José Richa Filho, e a outros dois empresários, Rafael Gluck e José Maria Ribas Muellet, o ex-governador fraudou a licitação para exploração e duplicação da PR-323, que liga Maringá a Francisco Alves, no norte do Paraná.

Segundo a procuradoria, para garantir que outras empresas não ameaçassem a licitação, os agentes públicos descumpriram algumas formalidades legais e, em troca, receberam cerca de 7,5 milhões reais. De acordo com as investigações, havia contato entre os empresários do consórcio e os agentes públicos antes mesmo da publicação das diretrizes para a licitação.

“O contrato representava recebimentos totais na órbita de 7,7 bilhões de reais”, informa parte da denúncia.

Segundo a denúncia, o ex-assessor de Richa, Deonilson Roldo recebeu pelo menos 4 milhões de reais da Odebrecht, agindo em nome do ex-governador, seu irmão e Ezequias. O contador do tucano, Dirceu Pupo, e Luiz Abi Antoun, primo de Richa, por sua vez, atuaram como intermediários da negociação, para dissimular o recebimento dos valores.

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Parte do esquema foi descoberto a partir de análises do “setor de propinas” da Odebrecht . Outra parte das negociações foi desvendada com a delação premiada assinada por Nelson Leal Junior, ex-diretor do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Paraná.

Ainda de acordo com a denúncia, Beto Richa recebeu cotas de um imóvel no valor de 3,4 milhões de reais a título de propina. Os executivos Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller, da Tucumann, uma das empresas do consórcio, atuaram para subfaturar o imóvel.

Outra empresa, a Ocaporã, formalmente gerida pelo contador de Richa, mas, segundo o MPF, estreitamente ligada à família do ex-governador, foi utilizada para dissimular o recebimento dos valores.

Em nota, a defesa de Beto Richa “reafirma que seu cliente não cometeu nenhuma irregularidade, e que sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos. Reiterando assim, a inocência do ex-governador e a confiança no Poder Judiciário”.

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O advogado Marlus Arns de Oliveira, que atua na defesa de Ezequias Moreira, informou que se manifestará nos autos. A reportagem busca contato com todos os outros denunciados pelo Ministério Público Federal no Paraná. 

(Com Estadão Conteúdo)

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