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‘Único partido de direita’, PSL quer 1 milhão de filiados até fim de 2020

Coordenador nacional da campanha de filiação disse a VEJA que meta do partido, até outubro deste ano, é alcançar a marca de meio milhão de membros  

Por André Siqueira Atualizado em 13 ago 2019, 18h17 - Publicado em 13 ago 2019, 17h55
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  • De olho nas eleições municipais de outubro de 2020, o PSL quer dobrar o número de filiados do partido até outubro deste ano, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) faz a atualização da base dos associados a partidos políticos. Os eventos nacionais de filiação ocorrerão no sábado 17, e o partido tem divulgado vídeos, nas redes sociais, com parlamentares convocando apoiadores.

    O PSL, hoje com 271 mil filiados, quer atingir a marca de meio milhão de filiados até outubro deste ano, conta o coordenador nacional de campanha, Cleber dos Santos Teixeira. “Estamos lançando uma nova plataforma de filiação, para que as pessoas tenham mais facilidade. Será feita pelo celular, amanhã ela está indo ao ar. É uma plataforma Android. Há hoje a possibilidade de se filiar pelo site, mas é um pouco mais complicado, então a ideia é dar mais facilidade a quem quiser se filiar”, disse a VEJA Teixeira.

    Desde o último final de semana, o partido tem divulgado vídeos, em suas redes sociais, nos quais parlamentares, como os senadores Major Olimpio (SP), Flávio Bolsonaro (RJ), e os deputados federais Delegado Waldir (GO) e Hélio Lopes (RJ), incentivam a filiação.

    A data foi escolhida para coincidir com o número partidário do PSL, o 17. “Dia 17, um sábado, facilita muito a vida das pessoas, porque as permite ter contato com os líderes do partido em suas respectivas regiões, seja um membro dos diretórios estaduais, seja um deputado, que retorna para a sua base. Por isso, por uma questão estratégica, escolhemos essa data”, explica Teixeira.

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    O uso da imagem de parlamentares do partido nos vídeos divulgados nas redes sociais, conta o coordenador da campanha, é uma forma de reforçar que hoje, o PSL é mais do que apenas o partido do presidente da República, Jair Bolsonaro. “Ele é a principal estrela, ele levou o PSL à condição que temos hoje, mas temos governadores em Rondônia, Roraima e Santa Catarina, senadores e deputados. Foram os deputados que aprovaram a reforma da Previdência em primeiro turno. Serão os senadores os responsáveis por analisar este texto agora, no segundo semestre. Por isso, temos que valorizar essas figuras”, disse.

    Segundo dados do TSE, o PSL é hoje o 16º em número de filiados. O MDB lidera este quesito, com 2.389.224 filiados, seguido por PT, com 1.597.428 filiados, e PSDB, com 1.465.293. Questionado sobre a ambição do partido em se tornar o maior partido de direita do espectro político, Teixeira não titubeou: “O PSL é o único partido de direita”.

    “O PT orbita na esquerda, com diversos partidos declaradamente de esquerda. Você tem os partidos de centro, que declaram abertamente esse posicionamento, e o PSL, o único que defende as bandeiras conservadoras da direita. Quando me perguntam ‘e o partido Novo?’, digo que o Novo, na hora do vamos ver, é o grande ‘isentão’ da vez. O PSL não tem medo nem vergonha de bater no peito e dizer que é de direita. O PSDB, por exemplo, ficou anos polarizando com o PT, tem hoje, na figura do Doria, uma pessoa que disse que nunca foi de direita, mas de centro”, disse a VEJA o coordenador.

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    Um dos vídeos divulgados pelo PSL nas redes sociais afirma que “se o seu jeito é radical contra a corrupção, liberal para a economia de mercado, amigo da transparência, estamos do mesmo lado”. Segundo Teixeira, a escolha do lema também é uma forma de rebater a pecha de radicalismo. “Nos acusam de radicalismo, não é? Somos radicais, sim. Contra a corrupção”, disse.

    Apesar de ser tratado como principal estrela do partido, Bolsonaro não participará de nenhum evento de filiação pela “liturgia do cargo de presidente”. “A liturgia do cargo não o permite fazer campanha por um partido. Ele é presidente da República e, embora seja filiado ao PSL, é uma referência para todos os partidos. O DEM faz parte do governo, tem três ministros. O ministro da Cidadania (Osmar Terra) é do MDB. Não caberia ao presidente fazer esse papel de garoto propaganda”, explica Teixeira. Ele afirma que a decisão foi tomada pela cúpula do partido, e contou com a anuência do presidente nacional do partido, o deputado Luciano Bivar (PE).

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