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Valdemar Costa Neto ganhou mais um problema, e não é pequeno

Para o editor José Benedito da Silva, caso reforça a percepção de que as investigações sobre a tentativa de golpe ainda estão longe do fim

Por Marcela Rahal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 out 2025, 15h52

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a reabertura da investigação contra o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, por suposta participação nos atos que culminaram nos ataques golpistas de 8 de Janeiro. A decisão foi tomada após a condenação do presidente do Instituto Voto Legal, Carlos César Rocha, responsável por uma auditoria contratada pelo partido para questionar a lisura das urnas eletrônicas nas eleições de 2022.

Ao proferir seu voto no julgamento do chamado “núcleo 4” da trama golpista, formado por acusados de disseminar desinformação, Moraes argumentou que a condenação de Rocha configura um “fato novo”, o que justifica a retomada da apuração sobre o papel do PL e de Valdemar na tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

“Uma vez configurada a condenação, determino que sejam extraídas cópias do acervo probatório para reabrirmos a investigação em relação ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto”, disse o ministro.

O “fato novo” que atinge o comando do PL

Segundo o editor José Benedito da Silva, em análise no programa Ponto de Vista, de VEJA, a decisão de Moraes surpreendeu o comando do partido e coloca Valdemar no centro de mais uma crise judicial e política.

“O Valdemar quase não tem problemas, né? Agora ganhou mais um — e não é pequeno”, ironizou Benedito. “Se o chefe do Instituto Voto Legal foi condenado, o raciocínio do ministro é simples: quem o contratou também precisa ser investigado.”

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A auditoria conduzida pelo Instituto Voto Legal, apresentada pelo PL após a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas, colocou em xeque a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro, mas acabou desmentida pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relatório foi um dos elementos que alimentaram a narrativa de fraude nas urnas, usada por apoiadores do ex-presidente para justificar atos antidemocráticos.

“O laudo não foi feito de graça. Ele foi encomendado, pago e apresentado pelo PL. Portanto, se o relatório foi considerado parte de uma ação criminosa, o partido e quem o lidera entram automaticamente no radar da Justiça”, explicou Benedito.

Mais um obstáculo para Valdemar e o bolsonarismo

A decisão chega num momento delicado para Valdemar Costa Neto, que já enfrenta tensões internas no PL e pressões externas da Justiça Eleitoral e do STF. O partido tenta redefinir sua estratégia para 2026, em meio à ausência política de Jair Bolsonaro, inelegível, e às incertezas sobre Eduardo Bolsonaro — que também é alvo de processos na Câmara dos Deputados e no Supremo.

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“O Valdemar tem problemas demais: o futuro de Bolsonaro, o caso do Eduardo, as disputas no centrão e agora um novo processo criminal batendo à porta. Ele não esperava por essa reabertura”, avaliou Benedito.

Para o editor, o novo inquérito reacende as turbulências jurídicas do bolsonarismo e reforça a percepção de que as investigações sobre a tentativa de golpe ainda estão longe do fim.

“É um problema para o Valdemar, para o PL e, por extensão, para o próprio Bolsonaro. O que Moraes fez foi ligar mais um fio entre o partido e a trama de 8 de Janeiro.”

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Um STF dividido e o risco da politização

Benedito também observou que a decisão reacende o debate sobre a polarização interna do STF, especialmente após o pedido do ministro Luiz Fux para mudar de turma — movimento que pode criar duas alas claramente distintas dentro da Corte, uma mais alinhada à linha dura de Moraes e outra mais favorável às teses de defesa dos réus.

“É ruim ter um Supremo do A e um Supremo do B. Quando as turmas decidem, quem decide é o STF. Mas hoje, dependendo da turma, um caso pode ter destino completamente diferente”, disse.

Enquanto o tribunal ajusta seus próprios contornos, o presidente do PL volta ao centro do noticiário — e à mira de Alexandre de Moraes, que já havia enquadrado o partido em 2022 por atacar o sistema eleitoral.

Com o novo inquérito, Valdemar Costa Neto acumula mais um capítulo em uma longa história de embates com a Justiça — e o bolsonarismo, mais um obstáculo no caminho para 2026.

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