Veja íntegra do acordo do governo que não encerrou greve dos caminhoneiros
Governo cedeu aos representantes da categoria em doze pontos, mas não conseguiu controlar protestos que chegaram ao 5º dia nesta sexta
Por Guilherme Venaglia
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Atualizado em 4 jun 2024, 17h08 - Publicado em 25 Maio 2018, 15h10
Na noite desta quinta-feira, 24, ministros do governo Temer (MDB) e representantes de associações de caminhoneiros autônomos vieram à público anunciar que haviam chegado a um acordo para a suspensão, por quinze dias, da greve iniciada no começo da semana.
O acordo não obteve sucesso e as paralisações seguem em todas as unidades da federação nesta sexta, 25, mesmo com as diversas concessões feitas pelo governo federal. Diante desse panorama, o presidente Michel Temer já anunciou que as Forças Federais de Segurança serão postas à disposição para a desobstrução das estradas.
Entre os pontos divulgados no anúncio do acerto estavam a prorrogação do desconto de 10% no óleo diesel para trinta dias e a previsibilidade nos reajustes do combustível.
Para Rodrigo Salgado, professor de Direito Econômico do Mackenzie, a maioria dos pontos do acordo têm potencial de beneficiar tanto os motoristas autônomos como as empresas de frota, com a diferença de que as companhias levam vantagem maior porque têm capital de giro os valores das reduções anunciadas são multiplicados em uma escala muito maior. Um exemplo do alcance limitado das propostas anunciadas é a redução de 10% do preço do diesel pela Petrobras, que não foi aceito por quem trabalha por conta própria.
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Entretanto, ele aponta alguns pontos específicos que atendem apenas as empresas, como a não reoneração do PIS/Cofins da folha de pagamento do setor de cargas e a solicitação para que a Petrobras observe uma resolução que obriga a renovação periódica da frota nas contratações de transporte rodoviário de carga. “Ganha quem consegue renovar sua frota e elimina das licitações da estatal as empresas menores e as cooperativas”, explica.
Veja abaixo a íntegra do documento que, de acordo com o governo, deveria ter encerrado a greve dos caminhoneiros.
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VEJA Mercado – terça, 12 de novembro
As pistas do governo Lula sobre cortes de gastos e entrevista com André Perfeito
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta terça-feira, 12. Os integrantes do governo Lula estão dando algumas pistas sobre o famigerado pacote de cortes de gastos que chegou a terceira semana de discussão. Em conversa com jornalistas, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que vai apoiar as propostas e que existe um total alinhamento dentro do governo em relação ao assunto. Já Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, afirmou que a eficiência e o combate a fraudes em programas sociais já fizeram as despesas previstas de 175 bilhões este ano caírem para 168 bilhões — podendo chegar a 166 bilhões em 2025. O presidente Lula afirmou em entrevista à RedeTv que vai “vencer” o mercado e que “eles falam muita bobagem”. O fato é que o setor público voltou a registrar um déficit de pouco mais de 7 bilhões de reais em setembro. O clima na Faria Lima não é dos melhores. O Ibovespa ficou estagnado e o dólar subiu para os 5,76 reais. Um curioso “efeito Trump” tem interferido nos mercados. O bitcoin ultrapassou a marca dos 82 mil dólares e bateu sua nova máxima história diante impulsionado pelo apoio do presidente eleito aos ativos digitais e pela expectativa de um Congresso composto por legisladores favoráveis ao setor cripto. Já os analistas do UBS-BB cortaram as recomendações para as ações da mineradora Vale diante de um enfraquecimento nos preços do minério de ferro por causa das prováveis retaliações que a China deve sofrer dos EUA no governo Trump. Diego Gimenes entrevista o economista André Perfeito.
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