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Vélez não aparece em primeira agenda positiva do MEC

O ministro faltou no evento desta quinta-feira que anunciou 30 milhões de reais para programas de implementação da Base Nacional Comum Curricular

Por Estadão Conteúdo
4 abr 2019, 17h31

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, faltou à primeira agenda positiva da pasta desde o início do governo de Jair Bolsonaro. Em evento nesta quinta-feira, 4, reservado a secretários estaduais e municipais de educação, o ministério anunciou 30 milhões de reais para programas de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A divulgação foi feita pelo novo secretário executivo, o brigadeiro Ricardo Machado Vieira.

O programa já existia no ano passado e não havia indicação de que ele continuaria na atual gestão. A BNCC foi aprovada em 2017 e determina os objetivos de aprendizagem para cada ano do ensino infantil e fundamental. Sem os recursos do MEC, no entanto, escolas públicas não conseguem elaborar seus currículos de acordo com a BNCC e nem formar professores para colocá-la em prática.

Uma versão para o ensino médio também foi aprovada no ano passado e agora o MEC anunciou verbas para esse nível de ensino (5 milhões de reais além dos 58 milhões de reais já previstos pela gestão anterior). Entre os objetivos estão elaborar itinerários formativos para o ensino médio, assim como pede a reforma do ensino médio, também instituída pelo governo anterior.

Até então, não havia qualquer declaração da atual gestão sobre as políticas tidas como essenciais para a educação atual, como a BNCC e a reforma do ensino médio. Integrantes do MEC ligados ao guru dos bolsonaristas, Olavo de Carvalho, defendem que o MEC não prossiga com essas políticas. Na apresentação, no entanto, foi dito que a pasta vai incentivar os estados e municípios a seguir as novas diretrizes da BNCC.

Não foi mencionado aos secretários porque o ministro Vélez não estava presente. Nesta quinta-feira, um de seus principais assessores (ligado a Olavo) foi exonerado, o que demonstra mais ainda seu enfraquecimento. A intenção dos grupo dos militares era justamente que o brigadeiro Machado Vieira tocasse os programas parados do MEC e impedisse o ministro de entrar em polêmicas.

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