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Vinte anos depois: o que José Dirceu e Delúbio Soares dizem hoje sobre o mensalão

Lideranças que estiveram no centro do escândalo afirmam hoje que caso foi forjado e tinha como objetivo atingir Lula

Por Hugo Marques, Marcela Mattos e Ricardo Chapola
10 Maio 2025, 17h31

Depois de condenados e presos por corrupção, o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro da legenda Delúbio Soares voltaram à cena política com a ascensão de Lula e do PT ao governo em 2023.

O ex-ministro e o ex-tesoureiro foram os personagens centrais do mensalão, o esquema montado pelos petistas que subornou parlamentares e dirigentes partidários em troca de apoio político.

O escândalo, que eclodiu em 2005, durante o primeiro mandato de Lula, está completando vinte anos. Para os dois petistas, no entanto, tudo foi uma grande armação, uma mentira fabricada por adversários para atingir o presidente e tirar o partido do poder.

“Há 20 anos, de um dia para o outro, fui transformado em bandido e corrupto. Fui linchado publicamente sem direito a defesa, presunção da inocência e devido processo legal. Fui condenado sem provas”, disse Dirceu, que foi chefe da Casa Civil no governo Lula 1 e apontado na época como mentor do escândalo. Ele foi condenado a sete anos e onze meses de prisão e passou 354 dias na penitenciária da Papuda, em Brasília.

Aos 79 anos de idade, o ex-ministro já cumpriu sua pena. O próximo passo, segundo ele, é concorrer ao cargo de deputado ou senador por São Paulo nas eleições do ano que vem. Delúbio Soares tem um discurso e um projeto semelhante.

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“O chamado mensalão foi uma farsa. Foi um movimento opressivo, onde a nossa defesa foi difícil de ser feita. Pagamos um preço alto. Tanto no mensalão, quanto na Lava Jato, os objetivos eram claros: depor Lula, depor Dilma, acabar com o PT. Não conseguiram”, afirmou o ex-tesoureiro, que foi condenado a seis anos e oito meses de reclusão, apontado como elo entre o núcleo político e o núcleo financeiro do esquema.

Assim como o ex-chefe da Casa Civil, Delúbio também quer concorrer a uma vaga de deputado federal no ano que vem, só que por Goiás. Desde o início do novo governo Lula, o ex-tesoureiro tem rodado o país para divulgar o conteúdo de um livro que escreveu dedicado, entre outras coisas, a criticar o mensalão. O petista escreveu que o mensalão foi uma conspirata “concebida no exterior”.

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