O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, fez um dos discursos mais duros na convenção nacional do PSDB realizada neste sábado em Brasília. Ele reafirmou que irá disputar a vaga de candidato do partido ao Palácio do Planalto com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, escolhido hoje como novo presidente da sigla. “Eu não brinco com a política e nunca brinquei com o PSDB”, disse sobre suas pretensões eleitorais.
Virgílio chegou a ser vaiado pela militância tucana por quebrar o consenso dos oradores em torno da candidatura de Alckmin. Em seu discurso, rebateu: “Que vaiem o Bolsonaro”. O prefeito também chamou o deputado federal, que aparece em segundo lugar nas pesquisas, de “fascista” e “homofóbico”. A frase aplacou a plateia, que depois ficou em silêncio até o final e aplaudiu em suas falas mais fortes.
Arthur Virgílio disse que, se for candidato, não fará “alianças espúrias”, citando nominalmente o PMDB, do presidente Michel Temer, e o PP. E fez críticas à atual situação do PSDB, que precisaria ir de norte a sul “expurgando seus defeitos”. Sobre o ex-presidente Lula, disse que o petista “organizou a corrupção” e fundou o “sindicato dos corruptos”.
Na visão do amazonense, a corrupção institucionalizada descoberta pela Lava Jato não existia no governo FHC. “Era corrupção avulsa e o presidente punia”.