O governador eleito pelo Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), tomou posse na manhã desta terça-feira, 1º de janeiro. Ele participou da cerimônia acompanhado da mulher e filhos, no Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
“Vamos fazer o melhor possível. Que Deus abençoe nosso estado nesse momento da nossa política”, declarou Witzel. Participam da solenidade o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (MDB), e o prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella (PRB).
“Trago na bagagem a mesma coragem que a toga e o mister, como Juiz Federal, tão bem me ensinaram, que muito me ajudarão a governar o estado do Rio de Janeiro”, declarou o governador em seu discurso de posse.
Witzel afirmou que assume o governo em um “ato de amor ao Rio de Janeiro”: “é chegada a hora de libertar o estado da irresponsabilidade e da corrupção que marcaram as duas últimas décadas da política. Sob a proteção de Deus, eu renunciei a uma carreira, à toga, à magistratura federal; e iniciei uma jornada que simboliza todo o meu amor e a minha indignação com tudo o que vimos e ouvimos. É um ato de amor ao povo e ao estado do Rio de Janeiro”
A violência foi um dos problemas mencionados no discurso de posse. “Senhoras e senhores, não podemos mais viver sem liberdade, com medo de sair às ruas, sem saber se voltaremos. Criminosos assumiram, pelo poder das armas, o domínio de porções do nosso território, trazendo desgraça e desordem ao cidadão de bem. Vamos reorganizar as estruturas policiais para serem capazes de investigar e de prender aqueles que comandam o crime organizado e fazem da lavagem de dinheiro a fonte que abastece o comércio de drogas e armas e a desgraça e o câncer da corrupção”, disse o governador.
Crivella pretende se reunir com Bolsonaro para renegociar dívidas no Rio
Durante a posse, Crivella defendeu uma ida a Brasília junto a Witzel para discutir com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) uma renegociação da dívida do município e do estado do Rio de Janeiro. Crivella reclamou dos juros praticados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
“Tanto eu quanto o Witzel temos que ir a Brasília renegociar dívida. A Olimpíada foi, como todos nós sabemos, um momento em que o município e o Estado gastaram muito, e também foram vítimas de episódios horrorosos de corrupção. Foram bilhões de reais que sufocam as contas públicas. Tanto eu quanto ele temos que a ir a Brasília falar com Bolsonaro para resolver isso”, disse Crivella a jornalistas.