Missa em homenagem ao papa lota Catedral da Sé em SP
Rito especial comandado pelo arcebispo da cidade destaca a figura do pontífice inclusivo

A missa em homenagem ao papa Francisco, realizada na Catedral da Sé, em São Paulo, nesta segunda-feira, 21, teve todas as pompas e circunstâncias, que fazem parte das cerimônias tradicionais da igreja. Liderada pelo arcebispo da cidade, o cardeal Dom Odilo Scherer entrou com seu cajado dourado e a roupa dourada destinada aos ritos mais importantes. Diante de uma plateia diversa e muito emocionada, que lotou a ampla catedral, escolheu falar sobre a importância do papa Francisco no trabalho pela inclusão, de todos os seres-humanos, independentemente da situação que se encontram. Lembrou que o mundo vive a cultura do descartável, onde tudo que não funciona é jogado fora, mas que isso não deve ser ampliado às pessoas. “Por isso, o papa fez questão de mostrar sua fragilidade e nunca deixou de ser transparente em relação ao seu verdadeiro estado de saúde”, disse Dom Odilo.
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Não importa a idade, o estado de saúde e a condição econômica de um indivíduo. Para Francisco, todos os homens são importantes. Entre os pontífices que já estiveram no posto mais alto da igreja, ele foi o mais simples e amoroso, com uma atitude sempre muito próxima à de Nossa Senhora, que acolhe a todos de coração aberto. Para ele, a comunhão era o alimento e a cura para alma, que deve ser entregue sem distinção, porque todos são merecedores.
“Papa Francisco enfrentou grandes adversidades. Viveu como um jesuíta até o fim”, disse Dom Odilo. Mesmo abatido surgiu entre os fiéis no domingo de Páscoa, em Roma. E morreu na primeira segunda-feira da semana, que a igreja católica comemora o renascimento de Cristo. Houve devoto que passou mal durante a missa, a ponto de desmaiar e precisar de ajuda. Outros choraram. Chamou atenção a falta de políticos representantes da cidade na cerimônia. Ao fim do rito, Dom Odilo foi aplaudido com fervor.
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