– 5 vezes condenado
O ex-governador do Rio de Janeiro foi condenado mais uma vez na Lava-Jato.
Até agora, ele é réu em mais de duas dezenas de processos, o que o torna, disparado, o alvo da operação mais encrencado na Justiça.
– 100 anos de prisão
Só cinco processos renderam condenações em primeira instância até o momento, mas isso já é o bastante para Cabral superar todos os colegas de propina em tempo de cadeia. O doleiro Alberto Youssef pegou 122 anos, mas foi beneficiado pela delação premiada e está em casa. Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, chegou perto, com 73 anos em seis condenações.
– 523 milhões em propinas
Cabral responde por desvios que lhe renderam meio bilhão de reais em ganhos ilícitos, segundo a Justiça. Também nesse quesito, ele supera amplamente o segundo colocado, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que confessou ter recebido o equivalente a 320 milhões de reais em gratificações indevidas no exterior.
– 933 atos de lavagem de dinheiro
Quem rouba muito tem trabalho para disfarçar. A atividade da quadrilha do ex-governador no ramo da lavanderia registrada nos processos já abertos supera a do campeão anterior, o ex-deputado Pedro Correa, pego com a mão no sabão em pó 568 vezes.
– 11 milhões em joias com notas frias
Duas joalherias do Rio revelaram, em delações premiadas, que Cabral e a mulher dele, Adriana Ancelmo, adquiriram 189 peças entre 2000 e 2016. Não há notícia de nenhum outro corrupto da Lava-Jato com tamanha avidez por pedras preciosas.
Publicado em VEJA de 14 de março de 2018, edição nº 2573