Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

A depressão mascarada

Aos, 55 anos, morre a estilista Kate Spade

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 16h59 - Publicado em 8 jun 2018, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nascida em Kansas City, no conservador Estado americano do Missouri, portanto no subúrbio do roteiro fashion, Katherine Brosnahan cursou jornalismo e trabalhou como repórter de moda de uma revista sem projeção até decidir fundar uma grife de acessórios. A premissa da menina interiorana era simples: criar bolsas práticas para clientes adultas. Batizou o negócio de Kate Spade New York, em referência à cidade para onde havia se mudado. A marca conquistou uma legião de fãs logo de cara, em 1993. O sucesso das carteiras e bolsas motivou a proliferação de novos produtos, como vestidos, camisetas, sapatos, papel de parede e mobiliário doméstico. Como dinheiro atrai dinheiro, ela abriu também a Jack Spade, destinada aos homens.

    Kate alinhavou roupas de acabamento impecável, mas sem grandes arroubos estéticos. Conquistava a mulher que desejava aparecer linda sem querer estar no centro das atenções. Não cobrava valores exorbitantes como os do segmento de luxo. Uma bolsa de couro poderia sair por 1 000 reais. Em 2006, ela vendeu a empresa por 60 milhões de dólares ao grupo Neiman Marcus. Hoje, a companhia tem mais de 350 lojas no mundo e está avaliada em 1 bilhão de dólares. A butique de São Paulo fechou as portas em 2015, numa das várias crises enfrentadas pelo país.

    Depois de cumprir quarentena para não competir com a empresa para a qual vendera sua criação, Kate abriu a marca Frances Valentine, em homenagem à sua única filha, Frances Beatrix, em 2016. Adepta de roupas alegres e tendo o sorriso como seu melhor acessório, Kate usou essa aparente festividade para mascarar crises de depressão e bipolaridade. Na terça-feira 5, a estilista foi encontrada morta em seu apartamento nova-iorquino da sofisticada Park Avenue. Ela se enforcou com um cachecol vermelho preso à maçaneta da porta. A última campanha de sua marca vinha com uma pergunta: “Where’s Kate?” (Onde está Kate?).


    A voz de um príncipe

    Nos anos 50, o cinema começava a se diversificar para além dos dramas e dos musicais. Obras de ficção científica tornavam-se populares. Surgiam nas telas os primeiros desenhos da Disney. O ator americano William Phipps participou desses dois universos. Atuou em clássicos do gênero sci-fi, como Guerra dos Mundos (1953) e O Terror do Himalaia (1954). E ganhou destaque ao dublar o Príncipe Encantado, o grande amor de Cinderela na animação homônima de 1950. O filme marcou a indústria por ter apresentado um amor espontâneo, quase real, entre os personagens — algo que não se via em animações clássicas como Branca de Neve (1937). Phipps morreu aos 96 anos, na sexta-feira 1º, em decorrência de um câncer de pulmão.

    Continua após a publicidade

    A paz imposta pelas armas

    De 1987 a 1989, Frank Carlucci foi secretário de Defesa do governo de Ronald Reagan. Posicionou-se a favor do aumento de gastos militares, no contexto da Guerra Fria com a União Soviética. A ideia era forçar Mikhail Gorbachev a negociar com o Ocidente. “As armas tiveram impacto psicológico decisivo. Se não houvesse esse reforço militar, não creio que a Guerra Fria tivesse acabado tão depressa”, afirmaria. Ele pavimentou a carreira na Casa Branca com seu desempenho como embaixador americano em Portugal no período posterior à chamada Revolução dos Cravos, em abril de 1974. Alguns meses depois de militares portugueses derrubarem a ditadura de direita em Lisboa, o então secretário de Estado, Henry Kissinger, demitiu o embaixador dos EUA e enviou Carlucci para impedir que Portugal fosse o primeiro país da Europa Ocidental a se tornar comunista. Conseguiu, e ajudou o socialista Mário Soares a assumir o poder. Carlucci morreu de complicações de Parkinson, no domingo 3, aos 87 anos.

    Publicado em VEJA de 13 de junho de 2018, edição nº 2586

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.