– Seguidores falsos
Levantamento do InternetLab descobriu que 37% dos seguidores dos candidatos à Presidência no Twitter não são pessoas reais. Alvaro Dias (Podemos) lidera o ranking — 60% dos seus seguidores são personagens inventados por empresas especializadas. Depois da “limpeza” de contas promovida pelo Twitter neste mês, Dias perdeu 13% do total de 400 000 perfis que o seguiam.
– Eleitores fake mais ativos
A Exata Inteligência em Comunicação Digital calculou, a pedido de VEJA, o tamanho do exército de perfis fake e robôs no Twitter de cada pré-candidato, antes da faxina recente feita pela plataforma. Constatou que, entre os perfis mais ativos cujas postagens tentam influenciar os eleitores, 70% atuavam em favor da pré-candidatura de Jair Bolsonaro.
– Robôs divulgadores
Não apenas conversas mas também links que circulam nas redes são compartilhados de forma automática por programas. Só no Twitter, 66% dos links são difundidos por robôs, segundo estudo do Pew Research Center.
– Notícias falsas
Pesquisa feita por VEJA, em janeiro, mostrou que o ex-presidente Lula, o presidente Michel Temer e o juiz Sergio Moro são os maiores alvos de fake news. Para coibir a prática, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu punições para candidatos que propagarem notícias falsas, como a cassação da candidatura.
– Sequestro de contas
Mais efetivo do que criar um robô nas redes sociais é “invadir” uma conta real e programá-la para que ela passe a compartilhar links automaticamente. Para conter os usuários que “sequestram” contas, o Twitter excluiu, na quinta-feira 12, 70 milhões de perfis cuja única atividade na rede era propagar vírus e fake news.
Publicado em VEJA de 25 de julho de 2018, edição nº 2592