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Glória nacional

Aos, 78 anos, morre Maria Esther Bueno, a maior tenista brasileira

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 16h52 - Publicado em 15 jun 2018, 06h00

São inúmeros os méritos conquistados pela maior tenista da história do Brasil, Maria Esther Bueno. E eles ultrapassam a longa lista de taças erguidas por ela nos principais torneios do mundo. No país do futebol, uma mulher conseguiu pôr o tênis — esporte desde sempre associado à elite — no noticiário e na vida das pessoas. Ela venceu seu primeiro campeonato de Wimbledon em 1958, o mesmo ano em que o Brasil foi campeão na Copa da Suécia. Na ocasião, foi alçada à seleta categoria de ídolo nacional ao lado de Pelé e Garrincha — no que seria apenas um aperitivo do que estava por vir. Maria Esther levou a melhor em Wimbledon em outras quatro ocasiões e ainda subiu ao topo do pódio no US Open, Roland Garros e Australian Open. Foi eleita quatro vezes a melhor tenista do mundo (para efeito de comparação, o catarinense Gustavo Kuerten esteve no topo do ranking em uma ocasião, no ano 2000). É a única brasileira no Hall da Fama do esporte.

Maria Esther segurou uma raquete pela primeira vez aos 3 anos, no Clube de Regatas Tietê, em São Paulo. Aos 11 anos, participou do primeiro campeonato. Passou a ser apontada como um talento das quadras aos 14, ao levar o título de campeã brasileira, já na categoria adulta. Daí em diante, não parou mais. Morreu aos 78 anos, na madrugada da sexta-feira 8, em decorrência de um câncer na boca. Saiu de cena enquanto se desenrolava o torneio de Roland Garros, em que foi lembrada com uma salva de palmas antes de uma partida — merecida homenagem à maior lenda brasileira do tênis.


Ídolo dos mineiros

Ídolo dos mineiros
Pelo cruzeiro - Consagrou-se ao ser campeão da Libertadores (Célio Apolinário/.)

José Carlos Bernardo, ou melhor, Zé Carlos, foi o segundo jogador a passar mais tempo com o uniforme do Cruzeiro, ficando atrás apenas do atual goleiro do time, Fabio Maciel. Ao todo, foram treze anos. Natural de Juiz de Fora, em Minas Gerais, o volante conquistou com a equipe a Libertadores de 1976, uma Taça do Brasil e dez campeonatos mineiros. Somou mais de 600 partidas pelo Cruzeiro. No clube belo-horizontino, chegou a dividir o campo com outros grandes nomes do esporte. São famosas, por exemplo, suas parcerias com craques como Tostão e Dirceu Lopes.

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Apesar do belo desempenho em campo, Zé Carlos não teve igual rendimento na seleção. Pelo Brasil, disputou somente oito jogos — cinco oficiais, pela Copa América de 1975 — e marcou dois gols. Chegou a ser pré-selecionado por Zagallo para a Copa de 1974, mas acabou ficando de fora na escolha final. Além de dedicar-se ao Cruzeiro, atuou pelo Guarani, com o qual faturou um Campeonato Brasileiro, e foi técnico do Criciúma — levou o clube à vitória no Catarinense de 1986. Zé Carlos morreu na terça 12, aos 73 anos, provavelmente devido a consequências de um AVC (a família não divulgou a causa da morte). Nas redes sociais, recebeu homenagens do Cruzeiro, do Guarani e da Conmebol, que organiza a Libertadores.

Publicado em VEJA de 20 de junho de 2018, edição nº 2587

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