Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Guerrilha eleitoral

Um futuro ainda incerto: o favorito à Presidência da Colômbia é contra o acordo de paz de 2016, que levou à deposição das armas pelas Farc

Por Thais Navarro
Atualizado em 4 jun 2024, 17h11 - Publicado em 25 Maio 2018, 06h00

Diante das dificuldades de distribuição da revista decorrentes da greve dos caminhoneiros, VEJA, em respeito aos seus assinantes, está abrindo seu conteúdo integral on-line.
Depois de décadas sangrando com a guerrilha das Farc, a Colômbia finalmente chegou a um acordo de paz em 2016. Mas, até hoje, ele ainda é um fantasma. Para a eleição do domingo 27, o líder nas pesquisas, Iván Duque, com 41,5% das intenções de voto, fez uma campanha de combate ao acordo. Na Colômbia de hoje, essa é uma bandeira fácil de levantar: 74% da população desaprova a sua implementação, o que explica, em parte, a liderança de Duque nas pesquisas.

Gustavo Petro, ex-prefeito de Bogotá e segundo colocado, com 29,5%, é um entusiasmado defensor do acordo. Com 16,3%, o ex-­prefeito de Medellín Sergio Fajardo está em terceiro lugar. Também defende a manutenção do acerto de paz. “Petro ou Fajardo, se eleitos, garantiriam o cumprimento do acordo”, diz o cientista político Juan Rendón, da Universidade de Antioquia.

A rejeição popular ao acordo de paz deve-se, em parte, à lentidão de sua implementação. Em um ano, somente 18,3% dos termos nele previstos saíram do papel. A reforma rural nas áreas onde a guerrilha atuava avançou apenas 5%. Mas também há rejeição a alguns pontos, como a anistia aos guerrilheiros das Farc que depuseram as armas e a reserva de dez assentos no Congresso para os líderes do grupo. “O acordo contém garantias para que não seja possível abandoná-­lo totalmente, mas com certeza Duque tentará modificá-lo em alguns aspectos”, diz o cientista político Alejo Vargas, da Universidade Nacional. A anistia aos que cometeram crimes de narcotráfico é um dos pontos que Duque quer derrubar. A realização de um segundo turno, em 17 de junho, é altamente provável. E não se descarta uma reviravolta nos resultados. Afinal, o plebiscito sobre o acordo em 2016 e as eleições de 2014 mostram que as pesquisas colombianas costumam errar feio.

Continua após a publicidade

Publicado em VEJA de 30 de maio de 2018, edição nº 2584

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 9,98 por revista)

a partir de 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.