Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Um gás para a ozonioterapia

A terapia utilizada no Brasil experimentalmente para diversos problemas de saúde, como inflamações e feridas, será discutida no Senado e submetida a votação

Por Thaís Botelho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 out 2017, 06h00 - Publicado em 13 out 2017, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • No próximo dia 17, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado começará a debater um projeto de lei que prevê a regulamentação no Brasil de um tratamento médico que ganha popularidade nos consultórios particulares, apesar de não ser oficialmente reconhecido por aqui: a ozonioterapia. Depois da audiência pública, o projeto deverá seguir para a Câmara dos Deputados e, por fim, se aprovado, para sanção presidencial. A técnica é reconhecida em catorze países, entre eles Rússia, China, Portugal, Espanha e Cuba, e faz parte de sistemas públicos de saúde. Nos Estados Unidos, 23 estados a praticam. Trata-se de uma terapia que utiliza o gás ozônio misturado a moléculas de oxigênio no organismo como tratamento complementar de diversas doenças.

    O ozônio tem várias funções terapêuticas, que começaram a ser descobertas durante a I Guerra Mundial, no contato com as graves feridas e infecções dos soldados. No uso terapêutico, ele entra no organismo de carona com o oxigênio. A junção dos dois gases é produzida por um aparelho mecânico. A combinação é então misturada a uma amostra de sangue do paciente e reinjetada no organismo, aplicada sobre a pele por meio de compressas, entre outras vias. O recurso é empregado como forma de cuidado paralelo para inflamações crônicas como artrites e artroses, dores lombares, feridas de difícil cicatrização e queimaduras (veja os detalhes no quadro ao lado). Afirma a otorrinolaringologista Emília Gadelha Serra, presidente da Associação Brasileira de Ozonioterapia, dedicada pesquisadora do assunto: “Em contato com a membrana das células do corpo, a mistura gasosa aumenta a oxigenação dos tecidos, além de possibilitar efeitos analgésico e anti-­inflamatório e apresentar propriedades germicidas”.

    arte-ozônio
    (Arte/)

    No Brasil, a ozonioterapia sai ao custo médio de 300 reais por aplicação. No entanto, como se trata de recurso ainda experimental, dada a proibição legal, apesar dos bons resultados colhidos em outros cantos do mundo e do ritmo acelerado de estudos em torno do mecanismo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) entende ser inviável autorizá-­lo, preferindo um olhar cauteloso. Diz um documento do CFM: “A revisão da literatura demonstra que a ozonioterapia tem sido empregada em alguns projetos, mas não há estudos bem fundamentados demonstrando sua eficácia em medicina”.

    Entre os raros riscos, se aplicada de forma incorreta e em quantidade muito superior à recomendada, a ozonioterapia pode provocar embolia. Em 2015, porém, o Conselho Federal de Odontologia emitiu parecer regulamentando a prática. Desde então, os dentistas brasileiros são autorizados a usar a ozonioterapia como apoio nos procedimentos de extração de dentes, tratamento de canal e controle de inflamações na gengiva.

    Publicado em VEJA de 18 de outubro de 2017, edição nº 2552

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.