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A cirurgia que promete reduzir a enxaqueca

Cresce o interesse por uma operação com bons resultados contra fortes dores de cabeça; porém, faltam ainda comprovações mais amplas de sua eficácia

Por Letícia Passos
Atualizado em 4 jun 2024, 15h10 - Publicado em 15 nov 2019, 06h00

A enxaqueca é uma das grandes dores de cabeça da humanidade. Ela acomete cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, das quais 30 milhões no Brasil. Associada na Antiguidade a “espíritos ruins”, foi recentemente classificada pela Organização Mundial da Saúde como uma das seis doenças mais incapacitantes, comparável à tetraplegia, à psicose e à demência. Há poucas buscas mais constantes na medicina do que a da descoberta de algum conforto para aquilo que o poeta João Cabral de Melo Neto chamou de “aniagem da alma”. Em 2018, o mundo celebrou a aprovação de uma droga, o erenumabe, que desliga uma substância química cerebral atrelada ao desconforto. É um paliativo, apenas. Há pouco tempo, deu-se a popularização de uma técnica cirúrgica. Ela começou a ser aplicada nos Estados Unidos há menos de uma década, e agora, em 2019, invadiu também consultórios brasileiros.

Trata-se de uma operação simples, que não costuma durar mais que duas horas, afeita a descomprimir um par de nervos periféricos da face, o trigêmeo, na área das bochechas, nariz, maxilar e laterais da testa, e o occipital, na nuca e parte traseira do crânio. Eles estariam na origem das dores. A terapia foi descoberta por acaso, no início dos anos 2000, pelo cirurgião plástico Bahman Guyuron, do Cleveland Medical Center, quando ele percebeu a redução do incômodo craniano em pessoas que tinham sido submetidas a procedimentos estéticos na região dos olhos. Pacientes desesperados procuraram o recurso, apesar da inexistência de resultados conclusivos, que começam a aparecer: um estudo com 125 pacientes revelou que 92% conseguiram alguma redução na dor e 35% apresentaram eliminação completa dos sintomas. “É entusiasmante pelo fato de os efeitos serem definitivos”, diz o cirurgião plástico Paolo Rubez, do Hospital São Luiz, em São Paulo. Há esperança, e quem sofre de enxaqueca sabe o que ela representa.

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(./.)

Publicado em VEJA de 20 de novembro de 2019, edição nº 2661

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