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A droga como remédio

O CBD, um dos compostos da maconha, é comprovadamente eficaz no controle das convulsões associadas a surtos epilépticos

Por Adriana Dias Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 16h38 - Publicado em 5 abr 2019, 07h00

A maconha pode não só ser saudável, mas também salvar vidas. O poder terapêutico está no CBD, um dos 480 compostos da planta que origina a droga, a Cannabis sativa. Ele não é psicoativo nem tóxico como o THC. Não altera o raciocínio, não produz lapsos de memória nem perda cognitiva. Tampouco causa dependência. O CBD é comprovadamente eficaz no controle das convulsões associadas a surtos epilépticos. Ele interfere na metabolização de substâncias que regulam diversos neurotransmissores e age quando há um desequilíbrio na produção natural desses compostos — o que pode ocorrer nos processos de epilepsia. Por muitos anos, os portadores brasileiros de epilepsia recorriam à Justiça ou eram obrigados a importar clandestinamente o produto dos Estados Unidos, onde na maioria dos estados ele é liberado para uso medicinal. Lá, na forma de pasta, spray ou gotas, é vendido em farmácias de manipulação ou diretamente pelos fabricantes.

Em 2015, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) retirou o CBD de uma lista de substâncias proibidas no país e o pôs num rol de substâncias controladas, reconhecendo de maneira inédita seu efeito terapêutico. Dos cerca de 600 000 brasileiros epilépticos, 30% não respondem aos anticonvulsivantes convencionais. Para eles, o extrato da maconha é uma esperança. Novos estudos conduzidos pela Universidade de São Paulo, no câmpus de Ribeirão Preto, começam a esmiuçar outro uso do CBD: sua aplicação em tratamentos de fobia social. Realizado em parceria com o Instituto de Pesquisas sobre Abuso de Drogas de Baltimore, nos EUA, o trabalho mostrou que o CBD reduz o medo de falar em público, comum entre portadores do problema.

Publicado em VEJA de 10 de abril de 2019, edição nº 2629

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