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Água em excesso pode matar

Novo estudo sugere que forçar o consumo de água pode levar a uma condição chamada hiponatremia. Ela pode causar letargia, náusea, convulsões e até a morte

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h25 - Publicado em 21 out 2016, 12h00

A recomendação para a manutenção de uma boa saúde é beber 2 litros de água por dia. Há quem diga – leia-se blogueiras fitness como Gabriela Pugliesi e Gracyanne Barbosa – que ingere impressionantes 4 litros por dia. Mas, mais do que bem, água em excesso pode fazer mal para a saúde e até matar.

De acordo com um estudo publicado na versão online do periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), beber água em excesso ativa um mecanismo proteção no cérebro que inibe o ato de engolir. Ao forçar a ingestão do líquido, essa proteção é ultrapassada e há um risco de intoxicação.

A “intoxicação” por excesso de água é chamada de hiponatremia, condição metabólica caracterizada pela redução de sódio no sangue a níveis tão baixos que pode causar letargia, náusea, convulsões, coma e até mesmo a morte.

“Se nós fizermos só o que o nosso corpo pede, ou seja, beber água quando estamos com sede e não de acordo com um cronograma, provavelmente vai dar tudo certo. Exceto nos idosos, que tendem a ingerir menos água que o necessário e por isso, precisam estar atentos.”, disse Michael Farrell, da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália e um dos autores do estudo.

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No estudo, os pesquisadores pediram que as pessoas avaliassem a quantidade de esforço necessário para engolir a água em duas condições: após a prática de uma atividade física e, portanto, quando estavam com sede; e em uma outra situação, quando foram persuadidos a beber uma quantidade excessiva. Nestes dois momentos, um equipamento de ressonância magnética media a atividade de várias partes do cérebro no momento anterior ao ato de engolir.

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Os resultados mostraram que beber água quando não estamos com sede exigiu um esforço três vezes maior para engolir do que a ingestão do líquido logo após o exercício. Nesse momento, a parte do cérebro mais ativa foi a área pré-frontal direita. Os pesquisadores acreditam que essa região entra em cena para substituir o mecanismo de proteção e permitir que consigamos engolir a água.

O grande problema, na verdade, é quando a água entra mais rápido do que a capacidade do corpo em removê-la ou utilizá-la. Isso dilui os eletrólitos do sangue e faz com que a água de viaje através do sangue e entre em células e órgãos tais como o cérebro , o que afeta sua capacidade de funcionamento.

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