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Álcool em gel: os perigos do uso exagerado

Utilização exagerada do produto diminui as defesas do organismo e pode causar explosões em casa

Por Alexandre Senechal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 abr 2020, 14h45 - Publicado em 10 abr 2020, 14h05
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    Álcool em gel: essencial apenas quando não há água e sabão disponível (Reprodução/Getty Images)

    O álcool em gel tem sido vendido como uma solução para o combate contra o novo coronavírus, mas o uso excessivo pode gerar outros problemas. O produto é, sim, a melhor alternativa para higienização e evitar o contágio da doença quando o usuário não tem água e sabão à disposição. Especialistas explicam que o álcool resseca as mãos e reduz a proteção natural do organismo, o que pode ocasionar alergias, deixar a região suscetível a queimaduras e gerar uma porta de entrada para inflamações.

    “Nosso organismo possui um filme que protege a pele chamado de manto hidrolipídico. Quando você usa o álcool em gel, desidrata a pele e perde esse manto. Vai restar só o álcool, mesmo que seco, que é extremamente inflamável e irritativo”, elucida Claudia Marçal, médica dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

    As principais preocupações com o uso do álcool em gel dentro de casa são na cozinha. O líquido inflamável pode explodir se entrar em contato com objetos como o fogão, o forno e o micro-ondas e por isso não deve ser utilizado para limpar áreas como a pia. “A cápsula do coronavírus tem uma cobertura feita de lipídio, que é gordura. Qualquer sabão que entra em contato mata o vírus. O álcool também funciona, mas não é eficiente como água e sabão”, afirma a médica Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

    Beatriz conta que observou um aumento no número de pacientes que sofreram queimaduras por cozinhar após higienizar as mãos com álcool em gel. Ela explica que a situação é atípica por conta da pandemia, já que há muitas pessoas utilizando a solução em gel, mas também a líquida, que era proibida e foi liberada para ajudar a população a higienizar mãos e superfícies em tempos de coronavírus.

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    As especialistas indicaram cuidado com os idosos, que fazem parte do grupo de risco e são os mais expostos ao coronavírus. A dermatologista Claudia Marçal explica que a pele deles não é capaz de produzir gorduras naturais com tanta eficiência e já não é tão hidratada, o que a deixa mais fina e desprotegida. “Esse grupo de risco foi colocado no topo da pirâmide em termo de proteção. Se abusar do álcool em gel, é o primeiro que sofre. Eles devem utilizar se tiverem que ir em algum lugar, mas dentro de casa devem preferir sempre a água e sabão”.

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