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Amamentação reduz em 25% o risco de obesidade, diz OMS

De acordo com um novo estudo, o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida é essencial para reduzir a probabilidade de obesidade infantil

Por Da Redação
1 Maio 2019, 19h18
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  • Não é novidade que a amamentação é extremamente importante para o desenvolvimento do bebê e para o vínculo entre mãe e filho. Agora, um novo estudo conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que o aleitamento materno protege contra a obesidade infantil. Principalmente quando esta é a forma exclusiva de alimentação do bebê nos primeiros seis meses de vida.

    De acordo com o estudo, crianças que nunca foram amamentadas tinham uma probabilidade 22% maior de serem obesas. Para as crianças que mamaram por menos de seis meses, o risco caiu para 12%, mas ainda existiu. Por outro lado, aquelas que foram exclusivamente alimentadas pelo leite materno no primeiro semestre de vida corriam um risco 25% menor de obesidade.

    “Precisamos de mais medidas para incentivar o aleitamento materno, como a licença maternidade remunerada. Precisamos de um marketing menos inapropriado de fórmulas [leite em pó para bebês], que podem levar algumas mães a acreditarem que elas são tão boas para os bebês quanto o leite materno”, disse João Breda, do Escritório Europeu de Prevenção e Controle de Doenças Não Transmissíveis da OMS, ao The Guardian.

    Os dados são provenientes da análise de 30.000 crianças monitoradas como parte da iniciativa Vigilância da Obesidade Infantil (Cosi, na sigla em inglês) da OMS. Lançada em 2007, a iniciativa é continuamente atualizada e, atualmente, recebe dados provenientes de 40 países, de crianças com idade entre 6 e 9 anos.

    O estudo, apresentado durante o Congresso Europeu de Obesidade, realizado em Glasgow, no Reino Unido, mostrou que 16,8% das crianças que nunca tinham sido amamentadas eram obesas, em comparação com 13,2% das crianças que mamaram por algum tempo e 9,3% daquelas que foram amamentadas por, no mínimo, seis meses.

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    Algumas das razões apontadas pelo estudo publicado no periódico científico Obesity Facts, são: o aleitamento materno exclusivo retarda a introdução de alimentos sólidos; as fórmulas infantis (leite em pó exclusivo para bebês) aumentam o nível de insulina no sangue dos bebês – em comparação com o leite materno -, o que pode estimular o acúmulo de gordura; e mães que amamentam têm um estilo de vida mais saudável.

    Independente das razões, os pesquisadores afirmam que as mulheres devem saber que a amamentação é uma forma de proteger o bebê contra a obesidade. “Amamentar tem um efeito extremamente positivo. A evidência existe. O benefício é excelente e deveríamos dizer isso às pessoas.”, afirma Breda.

    Sue Ashmore, diretora da Iniciativa de Amigos da Criança do Unicef ​​UK, ressalta os benefícios do leite materno:  “O leite humano – leite materno – é projetado especificamente para bebês humanos. Não só age como a primeira vacina do bebê, protegendo contra infecções, mas também afeta a saúde a longo prazo, inclusive atuando como a primeira defesa contra a epidemia de obesidade”, explicou ao The Guardian.

    Kate Brintworth, diretora de transformação da maternidade do Royal College of Midwives, no Reino Unido, disse ao The Guardian que o estudo reforça a necessidade de mais recursos para apoiar as mulheres a amamentar. Ela lembra também que, por vários motivos, algumas mulheres não conseguem amamentar e outras não podem. Independente da escolha, é preciso respeitar a decisão. “É importante que respeitemos as escolhas alimentares de uma mulher e que, se uma mulher escolher não amamentar, por qualquer motivo, ela precisará ser apoiada nessa escolha.”

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