A Amgen, empresa de biotecnologia que completa 40 anos em 2020, está expandindo sua atuação no Brasil com a chegada da unidade de negócios de biossimilares. No último ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou duas moléculas de medicamentos biossimilares da empresa, indicadas para o tratamento de câncer e doenças inflamatórias. A expectativa é que, até 2026, a companhia lance mais quatro medicamentos biossimilares no país.
A importância da chegada desses tratamentos ao sistema de saúde é a ampliação do acesso a terapias inovadoras, tendo em vista que essa classe de medicamentos oferece o mesmo benefício clínico para pacientes que lidam com doenças autoimunes, tumores e outras patologias de alta complexidade com menor custo para o sistema de saúde.
Os biossimilares são produtos biológicos – com a mesma complexidade de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos feitos a partir de células vivas – muito semelhantes aos seus biológicos originadores. “A estrutura dessa classe de medicamentos é muito complexa e ainda são poucas as farmacêuticas que conseguem produzir e manter a qualidade de seus biossimilares. Na Amgen, o processo de produção dos biossimilares tem alto rigor científico devido à nossa expertise em inovação, portanto nossos medicamentos apresentam segurança, imunogenicidade e eficácia altamente similares aos biológicos de referência”, explica Tatiana Castello Branco, diretora médica da Amgen Brasil.
Já que não há um alto investimento na descoberta de uma nova mólecula, os biossimilares levam menos tempo para ser produzidos. Essa diferença já traz impacto no valor, tornando o medicamento mais acessível. “O sistema se beneficia por tratar mais pessoas, os planos de saúde podem atender também a mais pedidos e conseguimos levar tratamento a um número de pacientes duas a três vezes maior que atualmente”, ressalta Taís Ramadan, diretora de acesso ao mercado na Amgen Brasil.
Este mês a Amgen lança o seu primeiro medicamento biossimilar com indicação para o tratamento de diversas doenças inflamatórias. “Esse grupo de patologias têm um impacto social enorme, por esse motivo as terapias biológicas trazem o diferencial de promover a qualidade de vida, uma vez que o mecanismo de ação do medicamento permite interromper a progressão da doença, que muitas vezes traz consequências irreversíveis e incapacitantes para o paciente”, explica a diretora médica.
Além dos benefícios para os pacientes, há também influência nos sistemas privado e público de saúde. “Um exemplo é que, no período de 2011 a 2018, um dos principais gastos do Ministério da Saúde com moléculas foi na aquisição de tratamentos para doenças inflamatórias. Com a chegada de mais um biossimilar, aumenta a competitividade do mercado e todo o sistema de saúde torna-se mais sustentável”, aponta Taís Ramadan.
40 anos da Amgen
Completando quatro décadas na pesquisa e no desenvolvimento de biotecnologias, a Amgen tem o compromisso no Brasil e no mundo de desvendar o potencial da biologia em prol de pacientes que sofrem de doenças de difícil tratamento, com a descoberta, o desenvolvimento, a fabricação e a comercialização de terapias inovadoras. A empresa usa ferramentas, como a genética humana avançada, para desvendar as complexidades da doença e compreender os fundamentos da biologia relacionados a ela, buscando formas de interceder nesse processo e restabelecer a saúde das pessoas.
A Amgen tem 13 medicamentos disponíveis no mercado brasileiro e, nos últimos três anos, investiu 25 milhões de dólares em pesquisa clínica no país, com o objetivo de fomentar o acesso à inovação, desde o paciente até aos profissionais da saúde.
Para mais informações, acesse: https://www.biossimilaresamgen.com.br
1 – RELATÓRIO do Grupo de Trabalho para discussão e formulação da Política Nacional de Medicamentos Biológicos no âmbito do Sistema Único de Saúde: Portaria GM/MS nº 1.160, de 28 de dezembro de 2018. 1.0. 1. ed. Brasil: Ministério da Saúde, 2018. p. 36 Disponível em: . Acesso em: 28 jan. 2020.
2 – Agência Europeia de Medicamentos. Medicamentos biossimilares na UE – Guia informativo para profissionais de saúde, 2019. Disponível em: . Acesso em: 28 jan. 2020.
3 – US Food and Drug Administration. Guidance for Industry: Scientific Considerations in Demonstrating Biosimilarity to a Reference Product. Published April 2015. Disponível em: . Acesso em: 21 dez. 2018.
4 – Conner J, Wuchterl D, Lopez M, et al. The biomanufacturing of biotechnology products. In: Shimasaki C, ed. Biotechnology Entrepreneurship: Starting, Managing, and Leading Biotech Companies. Waltham, MA: Academic Press; 2014:351-385.
5 – DECIIS/SCTIE/MS, Aquisições Ministério da Saúde 2011-2018; 2018. Disponível em: . Acesso em: 28 jan. 2020.