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Antiviral remdesivir deve ser aprovado pela FDA para tratar coronavírus

Droga experimental será primeiro recurso terapêutico contra Covid-19 autorizado pela agência federal que regula medicamentos nos EUA

Por Da Redação
Atualizado em 29 abr 2020, 19h50 - Publicado em 29 abr 2020, 19h28

Estudo nos Estados Unidos concluiu que o antiviral remdesivir pode acelerar a recuperação de pacientes infectados com o coronavírus. O médico Anthony Fauci, da força-tarefa de combate à pandemia criada pelo presidente Donald Trump, disse estar otimista em relação ao uso do medicamento, desenvolvido para o tratamento do Ebola e da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).

Na Casa Branca, Trump e Fauci louvaram os primeiros resultados do estudo, em que 1.063 pacientes receberam remdesivir ou um placebo. O tempo de recuperação dos que receberam o medicamento foi em média de 11 dias. Os que tomaram placebo demoraram 15 dias.

“É uma prova de conceito muito importante porque demonstrou-se que o medicamento pode bloquear esse vírus”, disse Fauci. O médico, que tem fama de ser cauteloso quanto a supostas curas ou tratamentos para o coronavírus e que não endossou o uso da hidrocloroquina, expressou otimismo de que o remdesivir possa tornar-se “o tratamento padrão” para os pacientes de Covid-19, a doença causada pelo vírus.

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A FDA, agência federal americana de controle de alimentos e medicamentos, deve emitir uma aprovação de emergência para a adoção do remdesivir no tratamento, segundo o jornal The New York Times. A droga, fabricada pela farmacêutica Gilead Sciences, pode tornar-se a primeira aprovada para a Covid-19.

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Uma autorização de emergência da FDA não é o mesmo que uma aprovação formal. Apesar de nenhum medicamento ter sido comprovado eficaz contra o coronavírus, quando o governo federal declara uma emergência de saúde pública, o órgão pode aprovar certos medicamentos se não houver outras alternativas.

Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, estar em contato com o laboratório Gilead para acompanhar os seus estudos ainda em andamento sobre o remdesivir. O prório Gilead, segundo a Anvisa, considerou os resultados do estudo “limitados”, apesar de encorajadores. Ensaios clínicos estão sendo realizados e seus dados iniciais são esperados nas próximas semanas. Se positivos, a agência tomará as medidas para que o remédio chegue à população brasileira.

“Caso o benefício do medicamento se comprove, a Anvisa possui mecanismos, como anuência de uso em programa assistencial e priorização de registro, para garantir o acesso célere do medicamento à população”, informou a assessoria da Anvisa. O remédio não é ainda vendido no Brasil.

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Segundo a emissora CNN, um dos primeiros estudos sobre o remdesivir, realizado na China, mostrou que o medicamento não contribuiu para a recuperação mais rápida dos infectados pelo coronavírus. O experimento não encontrou vantagens do medicamento em relação ao placebo.

Publicado na revista crientífica Lancet, o artigo afirmou que o remédio não era eficaz no tratamento de pacientes gravemente enfermos, porém deixou em aberto a possibilidade de ser útil para outros. Mas o estudo pode ter sido pequeno demais para ter resultados conclusivos: foi interrompido mais cedo que o esperado porque não havia suficientes voluntários.

Nesta quarta-feira, a farmacêutica americana Gilead anunciou que a empresa estava “ciente de dados positivos” em relação aos experimentos. O presidente Trump disse que esperava uma aprovação do FDA. em breve. “Quero que procedam o mais rápido possível”, disse Trump. “Queremos que tudo seja seguro, mas gostaríamos de uma aprovação muito rápidas, especialmente de algo que funciona”.

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O medicamento foi tema da última capa de VEJA. Leia a reportagem completa aqui.

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