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Anvisa emite alerta sobre falsificação de Ozempic; saiba como identificar

Farmacêutica Novo Nordisk comunicou agência após adulteração em seis cidades; rótulos verdadeiros teriam sido usados em canetas de insulina

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 out 2024, 20h24
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  • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta nesta terça-feira, 29, sobre casos de falsificação do medicamento Ozempic (semaglutida 1 mg) após receber um comunicado sobre adulterações no Brasil da farmacêutica Novo Nordisk. A agência informou que há indícios de que as versões falsas eram de canetas de insulina com o rótulo original do remédio para diabetes tipo 2 que tem sido usado incorretamente para perda de peso. A farmacêutica disse que foram encontrados produtos irregulares em seis cidades.

    Segundo a Anvisa, o documento da Novo Nordisk apontava “ indícios de que canetas de insulina Fiasp FlexTouch foram readesivadas e reaproveitadas com rótulos de Ozempic do lote NP5K174, que possivelmente foram retirados indevidamente de canetas originais do medicamento”. A agência explicou que a fraude está em investigação.

    A troca do medicamento por insulina pode trazer sérias consequências para os pacientes. Também indicada para pessoas diagnosticadas com diabetes, a insulina é prescrita em tratamentos personalizados e o uso inadequado pode levar a episódios de mal-estar, tontura, náuseas e evoluir para quadros graves que demandam hospitalização. Neste mês, uma das vítimas de falsificação do Ozempic precisou de atendimento médico em um hospital do Rio de Janeiro apenas 15 minutos depois de administrar a versão adulterada.

    A falsificação do fármaco já foi relatada em outros países e, em junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta abordando os possíveis riscos das versões adulteradas. Em março deste ano, reportagem de VEJA mostrou que ofertas de versões que se apropriavam do nome comercial do medicamento estavam sendo comercializadas pela internet. As cápsulas de “Ozempic natural” e de “chá Ozempic” eram vendidas a preços que variavam entre R$ 19,90 e R$ 198,90, mas não continham o princípio ativo do remédio.

    Falsificação em seis cidades

    Em nota divulgada no último dia 22, a farmacêutica citou o caso na capital fluminense e apontou outras cinco cidades onde “relatos isolados” de adulteração foram detectados: Brasília (DF), Anápolis (GO), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Paty do Alferes (RJ).

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    A Anvisa recomenda que profissionais de saúde e pacientes se mantenham atentos em relação ao produto. Ao comprar, os consumidores devem buscar farmácias regularizadas e adquirir o medicamento dentro da caixa  com emissão da nota fiscal.

    “Desconfie de sites e canais para comercialização de medicamentos que usam os nomes das marcas ou que adotam aplicativos de vendas e redes sociais para ofertar os produtos, e não adquira medicamentos oferecidos em grupos de mensagens.”

    Imagem mostra a diferença entre a caneta de Ozempic e a de insulina utilizada na adulteração
    Imagem mostra a diferença entre a caneta de Ozempic e a de insulina utilizada na adulteração (Novo Nordisk/Divulgação)
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    Veja as diferenças entre o Ozempic original e o falsificado

    Com base em informações da farmacêutica, a Anvisa divulgou um guia com características dos medicamentos originais e dos falsificados.

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