Anvisa manda recolher remédio para pressão por suspeita de presença de caco de vidro
Medida atinge apenas um lote do remédio após detecção de material estranho; agência proibiu suplementos por eventos adversos graves
A suspeita de presença de caco de vidro em um remédio para hipertensão levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a determinar o recolhimento do medicamento Furosemida – 10,0 mg/ml Sol. Inj. Cx 100 Amp Vd Amb X 2 ml. A medida, anunciada nesta quarta-feira, 17, e publicada no Diário Oficial da União (DOU), vale apenas para o lote 2411191 com validade até 30/11/2026.
Segundo a agência, está proibida a comercialização, distribuição e uso do lote do remédio para pressão alta produzido pela farmacêutica Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda.
“A ação foi tomada após a identificação da presença de material estranho, semelhante a caco de vidro, no produto. Um parecer emitido pela Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul (SC) constatou o desvio de qualidade”, informou, em nota, a Anvisa.
A agência recomenda o uso dos canais de atendimento ou da vigilância sanitária local em caso de identificação do lote afetado pela medida por profissionais de saúde ou pacientes.
Em nota, a Hypofarma informou que suspendeu o uso do lote específico (24111911) de Furosemida “até que a apuração sobre o ocorrido seja finalizada”.
“Reforçamos que seguimos rigorosamente as melhores práticas de fabricação e controle, adotando elevados padrões de qualidade e segurança. Esses processos são constantemente revisados e aprimorados, com o compromisso de garantir a confiança e a tranquilidade de pacientes, profissionais de saúde e da sociedade”, declarou.
Anvisa proibiu suplementos por eventos adversos graves
Nesta terça-feira, 16, a Anvisa anunciou a proibição de suplementos alimentares por relatos de eventos adversos graves e propaganda enganosa.
Todos os lotes do suplemento Ki-Fit-Turbo, da empresa GVL Indústria de Suplementos Alimentares foram proibidos de fabricação, venda e uso no país após registros de reações sérias, como taquicardia, dores no peito, náuseas, vômitos e diarreia. Além da composição desconhecida, o produto era comercializado com alegações falsas, como promessa de emagrecimento.
Também foi proibido o suplemento ZEMPYC – Natural Mega Concentrado 730 mg, divulgado em redes sociais como “emagrecedor natural”. Distribuído pela empresa Preço Justo Gestão Empresarial, o produto tinha origem e composição desconhecidas, rótulo fraudulento e usava irregularmente o nome da farmacêutica Socorps, que não reconhece a fabricação. Segundo a Anvisa, o suplemento era promovido com alegações não permitidas, como “acelera a queima de gordura” e “reduz o apetite”.







