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Após duas décadas, Brasil retoma produção de insulina para o SUS

Primeiro lote nacional foi entregue ao Ministério da Saúde; expectativa é suprir metade da demanda do sistema público de saúde

Por Victória Ribeiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 jul 2025, 10h46

O Ministério da Saúde recebeu, nesta sexta-feira, 11, o primeiro lote de insulinas produzidas no Brasil, retomando a fabricação nacional do medicamento após mais de 20 anos. A iniciativa faz parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e foi viabilizada por meio de um acordo de transferência de tecnologia com a farmacêutica indiana Wockhardt.

A produção envolve também a Fundação Ezequiel Dias (Funed), laboratório público de Minas Gerais, e a empresa brasileira Biomm. Segundo o ministério, a medida tem como meta reduzir a dependência de importações e garantir maior estabilidade no fornecimento, um desafio que ficou evidente durante a pandemia de covid-19.

O lote inicial contém mais de 200 mil unidades do medicamento, sendo 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH. A expectativa é que, ao final do processo de transferência de tecnologia, o país consiga produzir até 50% da demanda dessas duas insulinas utilizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). As informações são da Agência Brasil.

Em publicação nas redes sociais, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a parceria com a Índia e mencionou o papel do Brics — bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — na concretização do acordo. “É o Brics acontecendo na realidade”, afirmou.

O investimento previsto na aquisição da tecnologia é de R$ 142 milhões. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 350 mil pessoas com diabetes devem ser beneficiadas. Os contratos assinados preveem a entrega de 8,01 milhões de unidades de insulina, entre frascos e canetas, à rede pública entre 2025 e 2026.

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Com o início da produção local, tem início também a transferência gradual da tecnologia. Ao final do processo, a expectativa é que tanto a Funed quanto a Biomm estejam capacitadas para fabricar o medicamento integralmente no Brasil, garantindo o abastecimento do SUS de forma autônoma.

“Uma iniciativa como essa traz segurança aos pacientes de que, independentemente de qualquer crise — como a que vivemos durante a pandemia —, o país tem soberania na produção desse medicamento tão importante. Cerca de 10% da população brasileira tem diabetes, e parte dessas pessoas precisa usar insulina. Isso garante tranquilidade, segurança e estabilidade tanto para o SUS quanto para os cidadãos que dependem do medicamento”, disse o ministro durante o evento de entrega do lote, na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG).

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