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Assexualidade? Entenda a identidade sexual do Poliana, de Vale Tudo

No Brasil sete em cada cem mulheres e dois em cada cem homens vivem como o personagem de Matheus Nachtergaele

Por Luiz Paulo Souza
Atualizado em 26 jun 2025, 15h16 - Publicado em 11 jun 2025, 09h55

No início desta semana, o personagem de Matheus Nachtergaele, em Vale Tudo, descobriu ser assexual – uma das identidades sexuais representadas na sigla LGBTQIAPN+. Mas, afinal, o que é isso?

Assexualidade é um termo que define a falta de interesse por sexo, independentemente do gênero. E o Poliana não está sozinho nessa. “Na última grande pesquisa do meu grupo, em 2016, vimos que 2,5% dos homens e 7,5% das mulheres são assexuais”, disse a psiquiatra Carmita Abdo, professora da USP e uma das maiores especialistas no tema no país. “E eles vivem bem com isso.”

E esse é um detalhe importante. Na novela, assim que o personagem revela sua falta de interesse em estabelecer ou buscar relações sexuais, sua irmã se pergunta se essa é uma doença. Mas não é o caso. A assexualidade é uma identidade sexual tão normal e saudável quanto as outras – e o fato de os indivíduos se sentiram confortáveis com isso é o principal fator para estabelecer que esse não é um problema a ser resolvido.

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A situação muda quando essa falta se torna uma fonte de sofrimento. Quando indivíduo não consegue sentir interesse e isso causa incômodo e sofrimento, por conta de uma queda da libido ou por uma disfunção hormonal, por exemplo, isso é chamado de hipossexualidade, uma condição que pode ser tratada por psiquiatras e endocrinologistas, se for do interesse da pessoa afetada.

Assexuais sentem interesse por outras pessoas?

Assexualidade não quer dizer, necessariamente, que os indivíduos nunca sentem interesse sexual. Como na maior parte da identidades sexuais há um espectro de experiências possível – há quem nunca queira fazer sexo e há quem tenha interesse eventual, em situações muito específicas, mas no geral, essa não é uma prática de grande importância dentro de um relacionamento. “A libido passa a ser direcionada para outras partes da vida”, explica Abdo. 

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É importante ressaltar ainda que há uma diferença entre assexualidade e arromanticidade. Pessoas assexuais não sentem vontade de se envolver sexualmente, mas podem sentir atração fisica ou romântica por outras pessoas – podem namorar, se casar e se envolver afetivamente com indivíduos do mesmo gênero ou de gêneros diferentes, sem necessariamente fazer sexo. 

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Já os arromânticos são pessoas que não sentem interesse afetivo e nunca buscam se envolver romanticamente com outras, independentemente do gênero. 

A exposição na novela foi considerada importante pelos indivíduos que se identificam como assexuais ou arromânticos. Isso acontece porque, como acontece com qualquer outra sexualidade dissidente, essas pessoas podem se sentir sozinhas e diferentes, por medo de repressão ou falta de acolhimento familiar ou comunitário. Mais pessoas entenderem isso é uma maneira importante de diminuir o estigma e permitir que as pessoas vivam da maneira que se sentirem mais confortáveis. Sem imposições. 

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