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Batata frita pode aumentar o risco de câncer

Uma agência britânica publicou um alerta sobre os riscos da ingestão de acrilamida, substância liberada ao torrar, fritar ou assar alimentos ricos em amido

Por Da redação
23 jan 2017, 14h36

Comer batata frita ou assada e até mesmo aquela fatia de pão torrado pode aumentar seu risco de desenvolvimento de câncer. Em publicação recente, a Agência de Normas Alimentares da Grã-Bretanha (FSA, na sigla em inglês) alerta para o risco do consumo excessivo de alimentos ricos em amido, como pão e batata, preparados por um longo tempo em altas temperaturas.

Para diminuir os riscos, a FSA recomenda tostar, fritar ou assar o alimento até que atinjam, no máximo, uma cor dourada. O ideal é evitar consumi-los quando estiverem com uma coloração marrom. De acordo com a agência, a preparação desses alimentos em altas temperaturas eleva a produção de acrilamida. A substância é um derivado natural do processo de cozimento de comidas com muito amido. Mas estudos em animais apontaram que, em quantidades elevadas, pode ser tóxica para o DNA e levar ao surgimento de tumores.

Apesar do alerta, uma porta-voz da ONG britânica Cancer Research UK, afirmou à rede britânica BBC que esse efeito em humanos ainda não é comprovado.

Altas temperaturas

De acordo com a agência, o perigo do consumo destes alimentos está na acrilamida – substância formada por uma reação química entre os aminoácidos, açúcares e água presentes nos alimentos ricos em amido quando são preparados a mais de 120ºC. Geralmente, a cor escurecida, típica de alimentos torrados, fritos ou assados, indica a presença de acrilamida. Quanto mais escuro o alimento, mais dessa substância estará presente nele.

Embora ainda não saiba dizer a quantidade de acrilamida tolerada pelo corpo humano, A FSA acredita que estamos ingerindo essa substância em excesso.

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Prevenção

Para prevenir os riscos, a agência recomenda fazer pequenas alterações no preparo da comida, como cuidar para que alimentos como pão e tubérculos fiquem no máximo dourados ao fritá-los, assá-los ou torrá-los. A FSA indica também não guardar batatas na geladeira, porque seus níveis de açúcar aumentam com a baixa temperatura, potencialmente elevando a quantidade de acrilamida produzida no cozimento. O ideal é mantê-las em um ambiente escuro e fresco, a uma temperatura acima de 6ºC.

A agência também afirma ser importante seguir à risca as instruções ao aquecer ou assar batatas e pizzas no forno e levar uma dieta balanceada, com cinco porções de vegetais e frutas por dia, além de alimentos com carboidrato.

Riscos

Os possíveis riscos associados à ingestão excessiva de acrilamida são um aumento do risco de câncer ou problemas nos sistemas nervoso e reprodutivo em longo prazo. No entanto, os níveis de exposição a essa substância são determinantes para que ela tenha ou não esses efeitos negativos.

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O tabagismo também é um fato de risco associado à acrilamida. Fumar deixa uma pessoa três ou quatro vezes mais exposta à acrilamida do que não fumantes, porque a substância está presente na fumaça do tabaco.

“Queremos dar destaque a isso com nossa campanha e levar a pequenas mudanças reduzam seu consumo. Apesar de ainda ser necessário entender melhor o impacto da acrilamida, o governo e a indústria têm um papel importante para contribuir com essa redução.”, afirmou Steve Wearne, diretor de políticas da FSA, ressaltando que a maioria das pessoas sequer sabe que a acrilamida existe.

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