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‘Blush permanente’: pigmentação facial preocupa dermatologistas

Inflamações e formação de queloides estão entre possíveis complicações, além do arrependimento com a coloração na pele; remoção é feita com laser

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 fev 2025, 12h00

Dermatologistas estão em alerta com uma nova tendência que se manifesta nas redes sociais, principalmente no TikTok e no Instagram, e que pode levar a arrependimentos e danos à pele. O alvo é o “blush permanente”, um tipo de pigmento aplicado na região das maçãs do rosto para imitar o tom rosado alcançado com a maquiagem tradicional. Inflamações, formação de queloides, cicatrizes e resultados artificiais estão entre os riscos do método, que depende de laser para remoção.

A técnica utilizada é a mesma da micropigmentação que fez sucesso nas sobrancelhas e também nos lábios, na qual pigmentos são depositados na camada superficial da pele. Agora, ele passou a ser realizado nas bochechas utilizando tons rosados ou de pêssego para imitar a maquiagem. O procedimento tem sido realizado em clínicas de estética, mas há vídeos que mostram jovens sendo tatuadas na face.

Além da possibilidade de aparecimento de queloides e cicatrizes, os resultados estéticos podem não ser satisfatórios, pois existe a possibilidade de assimetrias ou mesmo de um efeito artificial. Se a pessoa se arrepender, a remoção é complexa e costuma ser realizada com laser, cujo número de sessões vai depender de fatores que variam de acordo com o caso, como a quantidade de pigmento e tamanho da área pigmentada, e que pode ser doloroso, necessitando muitas vezes de uso de anestésico.

“Indivíduos com pele sensível, doenças inflamatórias ativas, como acne ou rosácea, ou que apresentam problemas de cicatrização podem sofrer um agravamento dessas condições após a micropigmentação. Além disso, há o risco de reativação de doenças infecciosas, como o herpes, e também de reações adversas ao pigmento, incluindo a possibilidade de rejeição”, alerta a dermatologista Raquel Monteiro de Morais, da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP).

Sinais de alerta

Caso a pessoa pense em fazer o “blush permanente”, é indicado pesquisar sobre o local onde o procedimento será realizado, verificar as qualificações do profissional e avaliar, sem a pressão dos modismos, se é o caso de buscar esta solução para aparentar uma pele corada e saudável.

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“A aplicação do blush tradicional não é tão difícil, pode acompanhar a moda e não envolve os riscos da definitiva”, diz a dermatologista Sylvia Ypiranga, membro da diretoria da entidade. “Antes de qualquer procedimento com resultado definitivo ou duradouro, deve-se refletir muito. Se a expectativa não for alcançada ou se houver arrependimento, a retirada é uma opção sempre mais dolorosa”, completa.

Além dos impactos mais agressivos para a pele do rosto e possíveis mudanças na coloração, outras complicações podem ocorrer e será preciso ter atenção para os sintomas de que algo não está indo bem.

“Os sinais de alerta são: processo inflamatório mais duradouro do que o tempo esperado de cicatrização, aumento da temperatura do local, dor além do esperado e formação de áreas elevadas e endurecidas no local”, detalha Sylvia.

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Quem faz o “blush permanente” deve evitar medicamentos anticoagulantes e anti-inflamatórios, como aspirina e ibuprofeno, porque eles podem aumentar o risco de sangramento. Não podem se expor ao sol ou entrar no mar, piscinas e saunas por 15 dias nem mexer nas crostas que se formam por causa da abrasão da pele.

Diante de tantos riscos em uma região tão delicada como é o rosto, fica claro que pegar um pincel e o blush no tom desejado é o melhor caminho para quem gosta de estar maquiada e quer preservar a própria saúde.

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