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Brasil lidera ranking mundial de mortes por varíola dos macacos

Com dois novos registros no Rio de Janeiro, país contabiliza 11 dos 38 óbitos registrados em todo o globo pela doença

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 nov 2022, 18h00

O Brasil atingiu nesta quinta-feira, 3, 11 óbitos por  monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos, e se estabeleceu como o país com mais mortes pela doença, segundo dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford. Os dois últimos registros ocorreram no estado do Rio de Janeiro e os pacientes eram homens que morreram em 31 de outubro.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, um dos pacientes era um homem de 46 anos imunossuprimido que morava em Nova Iguaçu. Ele apresentou lesões na pele em forma grave. O outro caso foi de um homem de 27 anos de São Pedro da Aldeia que tinha comorbidades e estava internado desde o dia 21 de outubro. O estado contabiliza 1.231 casos confirmados e cinco óbitos.

No país, segundo dados do Ministério da Saúde, há 9.312 casos confirmados da varíola dos macacos e, além das mortes no Rio de Janeiro, três pessoas morreram em Minas Gerais e outros três óbitos foram registrados em São Paulo.

Depois do Brasil, a Nigéria é o país com mais mortes por monkeypox, totalizando sete episódios. Na sequência, estão os Estados Unidos, com seis óbitos. Até o momento, o mundo contabiliza 78,2 mil casos e 38 mortes.

Vacinação no Brasil

No início de outubro, o Brasil recebeu a primeira remessa com 9,8 mil doses da vacina contra a varíola dos macacos, que será utilizada em estudos para avaliar a efetividade do imunizante na população brasileira exposta à doença.

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O ministério adquiriu 50 mil doses da vacina contra a doença por meio de tratativas com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a previsão era de que a primeira remessa chegasse ao país em setembro. A pasta informou que as demais doses devem chegar até o fim deste ano. Em agosto, foi lançada a Campanha Nacional de Prevenção à Monkeypox.

Em julho, a zoonose viral foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Varíola dos macacos

Descoberta em 1958, a monkeypox (varíola dos macacos) recebeu esse nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.

Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. Antes do surto, a doença era considerada endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou para o fato de que essa não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.

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