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Caminho para a cura: Como nanopartículas de mRNA podem acabar com o vírus HIV?

Cientistas desenvolveram técnica semelhante às vacinas de RNA mensageiro que tiram o vírus da latência e permite ao sistema imunológico achá-lo e combatê-lo

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 jun 2025, 16h19 - Publicado em 15 jun 2025, 16h17

Um estudo publicado na revista científica Nature Communications mostra um novo método de encapsulamento de RNA mensageiro em nanopartículas capaz de ativar o HIV em estado de latência – quando esconde sua localização do sistema imunológico. Segundo especialistas, esse achado desenvolvido por pesquisadores australianos pode ser uma esperança de uma possível futura cura da infecção pelo vírus da AIDS.

Isso porque quando uma pessoa é infectada pelo vírus HIV, ele joga todo seu material genético no genoma de células do sistema de defesa do corpo, especialmente nos linfócitos T CD4+. É aí que agem as terapias antirretrovirais disponíveis atualmente: reduzem significativamente a carga viral de um paciente para não só impedir a evolução dos sintomas, como o risco de transmissão.

Os remédios de hoje, porém, não conseguem eliminar o vírus por completo, justamente porque ele nesse estado de latência. Com o mRNA interrompendo essa condição e tornando o vírus visível, o organismo “acha” e pode combatê-lo com a ajuda dos fármacos existentes. Aí entram as nanopartículas entram que fazem esse RNA mensageiro chegar até as células T CD4+ – uma tecnologia parecida com as vacinas de mRNA.

Ainda em testes

O novo método, no entanto, ainda só foi testado em laboratório, com células contaminadas isoladas e amostras de sangue. Agora, deve ser testado em animais para garantir eficácia e segurança do tratamento, e depois, em seres humanos.

De qualquer forma, esse estudo está sendo visto como um dos mais eficazes recentes avanços no combate ao HIV, que hoje acomete cerca de 40 milhões pessoas no mundo. Atualmente a terapia antirretroviral recomendada é baseada em doses diárias de dois ou mais medicamentos orais (tenofovir e entricitabina, de uso contínuo) ou injetáveis, com funções diferentes no combate ao vírus. No Brasil, se trabalha com a prevenção combinada e tratamento oferecido gratuitamente pelo SUS.

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