Em meio à pandemia global causada pelo novo coronavírus, que já matou doze pessoas no Brasil, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a Campanha Nacional de Vacinação da Gripe. Prevista para começar em abril, a primeira etapa foi marcada a próxima segunda-feira (23) e visa imunizar idosos com mais de 60 anos e profissionais da área da saúde.
A pasta realizará ainda mais duas etapas voltadas para públicos diferentes: na segunda, que terá início no dia 16 de abril, o objetivo será vacinar doentes crônicos, professores (rede pública e privada) e profissionais das forças de segurança e salvamento. Já a última fase, que começa no dia 9 de maio, priorizará crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 55 a 59 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas com deficiência, povos indígenas, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
A expectativa é alcançar 67,6 milhões de pessoas em todo o país e vacinar, pelo menos, 90% de cada um desses grupos, até o dia 22 de maio. Ao todo, 75 milhões de doses da vacina, que já estão sendo enviadas aos estados, foram adquiridas. O dia “D” de mobilização nacional para a vacinação será no sábado, 9 de maio, data em que 41 mil postos de saúde ficarão abertos para atender todos os grupos prioritários.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina não tem eficácia contra o coronavírus, mas irá auxiliar os profissionais de saúde a excluírem o diagnóstico positivo da Covid-19, já que os sintomas são parecidos.
Para viabilizar a campanha, a pasta investiu R$ 1 bilhão na aquisição. A vacina é trivalente e protege contra os três vírus que mais circularam no hemisfério sul em 2019: Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2).