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Cirurgias de fissura labiopalatina geram US$5 bi para economia no Brasil

Relatório destaca como intervenções cirúrgicas gratuitas realizadas entre 2001 e 2024 melhoraram a qualidade de vida e resultaram em benefícios econômicos

Por Ligia Moraes 24 jun 2024, 08h00

O Brasil realizou mais de 50 mil cirurgias gratuitas de fissura labiopalatina, gerando um impacto econômico superior a 5 bilhões de dólares. Os dados são de um novo relatório da Smile Train, maior organização global focada na condição. Este avanço significativo reflete os benefícios de investir em cuidados de saúde globais e integrar tratamentos abrangentes nos sistemas de saúde.

A fissura labiopalatina é uma malformação congênita que afeta o lábio e/ou o céu da boca, dificultando funções básicas como comer, falar e respirar. Sem tratamento adequado, pode levar a graves consequências para a qualidade de vida dos pacientes, incluindo problemas de saúde e estigma social.

Como a cirurgia gera retorno à economia

Entre 2001 e 2024, o Brasil realizou mais de 50 mil cirurgias totais, dentre elas, 34 mil cirurgias primárias, ou seja, a primeira cirurgia realizada para corrigir a fissura labiopalatina. Esse último número evitou cerca de 320 anos perdidos por invalidez e gerou um benefício econômico de 5,5 bilhões de dólares.

Segundo o relatório, com apenas 400 dólares investidos em uma cirurgia de fissura labiopalatina, até 60 mil dólares são devolvidos à economia local, à medida que pacientes, antes incapacitados, passam a contribuir economicamente. Isso representa um retorno do investimento de mais de 150 vezes para cada procedimento.

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Além disso, o documento lista todos os países favorecidos no mesmo período, com o Brasil fazendo parte dos cinco primeiros por benefício econômico e o único país da América do Sul neste grupo. No topo estão a Índia, com mais de 528 mil cirurgias, seguida pela China com 304 mil, Indonésia com 97 mil, e México com 18 mil.

Prevalência e conscientização

Estima-se que a fissura labiopalatina afete um em cada 700 nascimentos. No mundo, cerca de 4,6 milhões de pessoas vivem com fissuras orofaciais não tratadas ou tratadas inadequadamente. A sensibilização sobre a importância do tratamento e a disponibilização de cirurgias gratuitas são passos fundamentais para melhorar a vida dessas pessoas.

Às vésperas do Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina, celebrado em 24 de junho, a divulgação desses dados reforça a necessidade de continuidade e ampliação de programas de saúde que beneficiem diretamente a população e a economia. 

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