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Como a menopausa impacta a mulher no mercado de trabalho?

Pesquisa mostra que 80% não recebem apoio das empresas no Brasil e apenas 29% abordam tema com chefes; entenda mudanças no organismo feminino

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 mar 2025, 12h00

Após décadas de sofrimento incompreendido e silenciamento sobre fogachos, queda de libido e alterações no humor, as mulheres entraram em uma nova era em que podem falar abertamente não só dos sintomas da menopausa, mas dos impactos para carreira e relacionamentos. Uma pesquisa realizada em seis países, incluindo o Brasil, mostrou que, por aqui, a população feminina não recebe acolhimento nas empresas nessa fase da vida e, para 80% dos entrevistados, elas não recebem apoio suficiente no local de trabalho. Para se ter uma ideia, apenas 29% têm abertura para conversar com os chefes sobre os desconfortos do período.

Embora seja algo natural, a menopausa, ou seja, o período em que a mulher deixa de menstruar e encerra seu ciclo reprodutivo, ainda é vista como um tabu. A pesquisa Experiência e Atitudes na Menopausa, apresentada pela farmacêutica Astellas, mostra que o percentual que tem essa visão chega a 65%. Para o levantamento no Brasil, foram ouvidas 2.300 pessoas, de ambos os sexos, das quais 300 eram mulheres que vivenciaram a menopausa.

Tratado dessa forma, esse período acaba sendo negligenciado, quando deveria demandar atenção, considerando que queda drástica do hormônio estrogênio leva a consequências que vão de risco aumentado de osteoporose, passando por aumento da pressão arterial, até problemas de saúde mental, como a depressão e a ansiedade. Isso sem contar insônia, cansaço, predisposição para diabetes e ressecamento da mucosa vaginal.

O turbilhão de sintomas ocorre na faixa etária que rodeia os 50 anos, quando as mulheres ainda estão ativas profissionalmente e, muitas vezes, em uma posição sólida da carreira, mas já chegando a uma fase de instabilidade. Um reflexo de questões de gênero e do etarismo, tendo em vista que homens mais velhos são vistos como experientes e o mesmo não se aplica ao sexo feminino em algumas empresas.

“Apesar de já termos a mulher inserida no mercado de trabalho, ainda é preciso ter mais respeito quando ela está nessa faixa etária, porque o homem ainda acaba sendo mais valorizado quando está mais maduro. Mas já há iniciativas. A Sociedade Europeia de Menopausa tem uma cartilha para o local de trabalho e recomenda, por exemplo, que as empresas tenham ar condicionado”, diz a ginecologista Maria Celeste Osório Wender, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

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É uma medida simples, mas que ajuda nos sintomas vasomotores, o popular fogacho ou calorão, que atinge até 80% das mulheres, segundo Maria Celeste. O acolhimento dado no ambiente profissional é essencial para os impactos psicológicos da menopausa. O levantamento mostrou que  79% das brasileiras vivenciaram sentimentos psicológicos negativos devido à menopausa, como ansiedade (58%), depressão (26%), constrangimento (20%) e vergonha (16%).

Menopausa e carreira

De acordo com a pesquisa, 80% dos entrevistados acreditam que as brasileiras na menopausa não recebem apoio no ambiente de trabalho e 49% concordam que elas “enfrentam barreiras à progressão na carreira e reconhecimento profissional” quando atingem o marco do fim da vida reprodutiva.

A vivência de impactos negativos no ambiente profissional foi apontada por 47% dos participantes com problemas que vão desde a redução da produtividade (26%) até o medo de contar aos colegas (17%). A discriminação explícita foi citada por 9% das pessoas ouvidas e apenas 29% das trabalhadoras se sentem à vontade para conversar com o chefe sobre o assunto.

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“Esses estigmas fazem com que as mulheres não busquem ajuda ou não sejam ouvidas. A gente fez a pesquisa para entender o tamanho do problema e vimos que precisamos discutir mais, trazer informações baseadas em evidências e promover ambientes de trabalho mais inclusivos para que a menopausa seja finalmente vista como algo natural”, afirma a ginecologista Thaís Ushikusa, diretora de Assuntos Médicos da Astellas no Brasil.

Entenda as alterações causadas pela menopausa

Entrar na menopausa vai além de parar de menstruar e não poder mais engravidar. Um conjunto de alterações ocorrem no organismo e o tratamento recomendado por ginecologistas é a terapia de reposição hormonal, que teve ser indicada após avaliação da paciente.

 

arte menopausa
(./.)
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