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Como a Turma da Mônica pode ajudar a entender a demência?

Cartilha lançada neste sábado apresenta condição, fatores de risco e aborda a importância do acolhimento com a turminha mais querida do Brasil

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 set 2025, 10h00

A Turma da Mônica já se consolidou como uma parceira das grandes causas relacionadas à saúde. Com sua linguagem lúdica e acolhedora, os personagens de Mauricio de Sousa abordaram o Transtorno do Espectro Autista (TEA), as deficiências física e visual, além de condições como a Distrofia Muscular de Duchenne e a síndrome de Down. Agora, uma nova cartilha lançada neste sábado, 13, vai ajudar as famílias em um debate complexo que demanda cuidados especiais, inclusão e muito carinho: as demências, como a doença de Alzheimer.

Batizada como EnvelheCiência, a cartilha será apresentada durante o evento “Despertando a sociedade para a saúde do cérebro”, que está em sua sétima edição, e é conduzido pela Associação Brasileira de Gerontologia (ABG) e o Supera, empresa especializada em estimulação cognitiva, como parte das celebrações do Setembro Lilás — mês de conscientização sobre o Alzheimer –. VEJA teve acesso ao conteúdo com exclusividade.

A publicação traz as informações mais atualizadas sobre a doença, incluindo os 14 fatores de risco modificáveis apresentados pela Comissão Lancet e amplamente discutidos pela comunidade científica. O diferencial é que eles são explicados de forma simples e acessível por Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Milena. André, personagem que vive com TEA, Dorinha, que apresenta cegueira, e Tati, que vive com síndrome de Down, também estão na cartilha, reforçando a mensagem de que todas as pessoas podem conviver com um ente querido diagnosticado com demência.

De acordo com o Relatório Nacional sobre a Demência no Brasil, cerca de 1,8 milhão de brasileiros vivem com algum tipo de demência e o número pode triplicar até 2050.

Diretor do Supera, Luiz Moraes conta que a ideia de estruturar uma cartilha abordando a prevenção para populações mais jovens partiu da professora Márcia Cominetti, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O material foi elaborado ao longo de um ano e meio.

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“AA cartilha é voltada à família, porque o primeiro cuidador é sempre o familiar. E queremos falar com a criança e o adolescente, porque o jovem precisa saber que, se não cuidar desses fatores de risco, pode ter demência”, explica Moraes.

Segundo o periódico científico The Lancet, colesterol LDL (o ruim) elevado, perda de visão e audição, baixa escolaridade, hipertensão, tabagismo, obesidade, depressão, sedentarismo, diabetes, consumo excessivo de álcool, isolamento social, poluição do ar e lesões graves na cabeça são os fatores modificáveis a partir da infância para evitar as demências. De acordo com a publicação, 45% dos episódios da doença podem ser evitados ou adiados.

“Sabemos que tem o estigma, mas queremos mostrar que a demência requer amor, carinho, afeto, dar atenção e manter a pessoa que está no caminho da demência presente no dia a dia da família”, afirma Moraes. “Falar da saúde do cérebro é pensar na saúde para a vida toda.”

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‘Cuidado com o cérebro não tem idade para começar’, diz Marina Sousa

Diretora-executiva do Instituto Mauricio de Sousa, Marina Sousa (sim, é a Marina) destaca a importância do envolvimento das crianças em temáticas tão importantes, como as demências.

“Queremos alcançar crianças, jovens, adultos e idosos. O cuidado com o cérebro não tem idade para começar, pelo contrário, quanto mais cedo melhor. Com os personagens da Turma da Mônica, conseguimos traduzir temas complexos de um jeito lúdico e acessível, que desperta a atenção desde cedo e, ao mesmo tempo, conecta toda a família. Afinal, quando a criança entende, os pais e avós acabam se envolvendo também.”

Ela explica que, além de apresentar informações sobre a doença, a cartilha tem o intuito de oferecer acolhimento e abrir espaço para conversas mais leves e humanas “trazendo a Turma da Mônica como mensageiro”. “A cartilha vem justamente para isso: ajudar famílias, idosos e cuidadores a se sentirem menos sozinhos, mais preparados e fortalecidos para lidar com um tema tão delicado”, explica.

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Indagada sobre a presença da Turma da Mônica em debates para disseminar informações corretas sobre temas de saúde pública, Marina destaca que a turminha mais querida do país “sempre buscou abrir espaço para conversas que importam no dia a dia das famílias”.

“Falar sobre as demências é dar mais um passo nesse caminho. Quando a gente leva esse tema para o universo das crianças e dos pais, ajudamos a quebrar preconceitos e a tirar o peso do silêncio. Eu mesma sinto a responsabilidade de mostrar para os meus filhos que existe um jeito natural e respeitoso de lidar com essas questões. Quanto mais informações corretas circulam, mais a gente prepara as próximas gerações para olhar para esses diagnósticos com empatia e mais qualidade de vida para quem já convive com eles”, finaliza.

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