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Como proteger sua saúde na terceira onda de calor de 2025?

Alerta do Inmet aponta altas temperaturas em estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Bahia; manter a hidratação e fazer refeições leves são orientações

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 fev 2025, 15h32 - Publicado em 17 fev 2025, 12h39

As altas temperaturas estão de volta nesta segunda-feira 17 e marcam o início da terceira onda de calor a atingir o Brasil neste ano, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O calorão deve ter início nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e, depois, atingir Goiás e Bahia. Outras localidades, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, também devem enfrentar a subida dos termômetros, o que vai demandar da população ações para evitar impactos à saúde.

A população mais vulnerável é formada por crianças e idosos, mas pessoas com doenças crônicas, como problemas cardiovasculares e pulmonares, diabetes e que fazem uso de medicamentos diuréticos (que aumentam a produção de urina), também devem ter atenção no período. Isso vale ainda para as gestantes.

Entre os sintomas de atenção estão: dor de cabeça, enjoo, vômito e até confusão mental. “O ideal é não adiar e procurar por atendimento médico o mais rápido possível, pois o mal-estar causado pelo calor intenso pode causar problemas progressivos e silenciosos”, afirma, em nota, a médica Daniele Mansano, especialista em emergências clínicas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo.

Uma onda de calor ocorre quando as temperaturas máximas ultrapassam 5ºC ou mais a média mensal por um período de, no mínimo, cinco dias consecutivos em uma ampla região, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Cuidados no calor

Manter a hidratação é uma das principais recomendações para enfrentar o calor e não precisa ser feita só com água. Sucos naturais, água de coco, chás, sopas e frutas são aliados nesse momento. No caso das bebidas, só é necessário evitar o uso exagerado de açúcar e adoçantes.

No prato, a orientação é apostar em saladas e refeições leves. Para quem come na rua, é importante observar as condições de conservação dos alimentos e frequentar estabelecimentos conhecidos para não sofrer com intoxicação alimentar e infecções por patógenos.

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A prática de exercícios físicos precisa ser realizada com cuidados adicionais, especialmente ao ar livre. O horário das 10 horas às 16 horas, quando as temperaturas costumam estar mais altas e a umidade do ar fica mais baixa, deve ser evitado. Mesmo fora dessa faixa, as pessoas devem levar uma garrafa com água. Nunca é demais avisar que, diante de qualquer sinal de desconforto ou mal-estar, a prática deve ser interrompida.

O filtro solar deve ser aplicado por todos que vão se expor ao sol — não só na praia e na piscina. O ideal é que ele tenha fator de proteção solar (FPS) acima de 50. Utilizar roupas que cubram os braços, de preferência em tons claros, bonés ou chapéus e óculos de sol com lentes que realmente protejam os olhos também estão entre as orientações para enfrentar as ondas de calor.

Dengue e febre amarela

O verão também traz condições propícias para a proliferação de doenças. Entre elas, as causadas por mosquitos, como dengue e febre amarela. No caso da dengue, a população pode contribuir não deixando água parada em vasos de plantas, caixas d’água e demais recipientes.

Pais e responsáveis por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos devem levá-los aos postos de vacinação, onde a vacina contra a dengue está disponível. A faixa etária foi temporariamente ampliada para doses com data de vencimento próxima. O uso de repelente também é recomendado.

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Para a febre amarela, há vacina disponível para toda a população. O esquema é de uma dose para crianças de 9 meses a menores de 5 anos, com reforço aos 4 anos. Pessoas de 5 a 59 anos que nunca receberam o imunizante tomam dose única.

Papel dos governos

As medidas para mitigar os impactos das ondas de calor não devem ser adotadas apenas pelo cidadão comum. Governos também têm papel crucial para reduzir os danos, considerando que os picos têm relação com as mudanças climáticas.

Além das medidas emergenciais, como distribuição de água e montagem de estruturas em pontos estratégicos para populações vulneráveis, como moradores de rua, é fundamental se afastar do negacionismo e aderir a políticas para a redução dos danos climáticos, como participar de acordos internacionais sobre o clima, promover ações sustentáveis e investir em tecnologia verde.

Com foco na saúde, cabe ao poder público trabalhar em medidas de vigilância epidemiológica para evitar surtos e atuar em frentes de educação sobre segurança alimentar, higiene e prevenção de doenças.

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Enquanto os termômetros continuarem em alta, a orientação é redobrar os cuidados com a saúde e manter a atenção aos sinais que o organismo envia sobre os efeitos negativos do calor.

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