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Conheça o método que ajuda a descobrir se você tem câncer de pele

Ferramenta que ajuda no diagnóstico precoce da doença, o ABCDE é essencial para brasileiros que por não usarem protetor solar têm alta incidência

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 jan 2023, 16h30 - Publicado em 24 jan 2023, 15h06

Mais da metade dos brasileiros (60%) não têm o hábito de usar protetor solar na rotina, aponta pesquisa da Campanha Nacional do Câncer de Pele, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Entretanto, 31,25% dos novos casos esperados de câncer nos próximos dois anos serão de câncer de pele do tipo não melanoma, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer.

A dermatologista Paula Rahal afirma que lesões na pele que não cicatrizam exigem atenção. “Observar manchas com mais de uma coloração ou que mudem de cor, ou se o tamanho aumenta de forma repentina são indícios importantes”, diz.

O método “ABCDE” foi criado com o intuito de ajudar a observar essas alterações em casa para identificação precoce do melanoma: o tipo mais raro, mas mais perigoso de câncer de pele. O autoexame é importante porque é por meio dele que se pode fazer um acompanhamento e procurar atendimento médico precoce. “Esse tipo de tumor surge com aparência de sinal ou pinta que sofre alterações e algumas vezes sangram”, explica a oncologista Isabella Tavares.

 Como usar o ABCDE do melanoma

  •       A de Assimetria: é preciso observar se a pinta é simétrica ou não. A lesão é dividida em quatro partes, passando uma linha na horizontal e outra na vertical. Compara-se a parte de baixo com a de cima e direita com esquerda, ou seja, caso tenha tamanhos diferentes e/ou formato irregular, é suspeita.
  •       B de Borda: as bordas das pintas devem ser regulares e lisas. Se houver irregularidades, também podem ser indício da doença.
  •       C de Cor: as pintas que apresentam cores diferentes, como vermelho, branco, preto, tons cinza-azulados, ou mesmo mais de uma cor, são suspeitas.
  •       D de Diâmetro: os sinais devem ter menos de 6 milímetros de diâmetro. Quanto maior o tamanho, maior o risco.
  •       E de Evolução: qualquer sinal de evolução, seja o aumento no tamanho, mudança na cor, seja no formato da pinta, é preciso buscar um dermatologista.
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Diagnóstico

Embora seja o câncer de pele com maior risco de morte, o diagnóstico precoce leva as chances de cura do melanoma a mais de 90%. “Nas mulheres, as pintas aparecem com mais frequência nas pernas. Já nos homens, o mais comum são as pintas que aparecem no tronco. Para os dois gêneros, pescoço, colo e rosto também são áreas normalmente em que os sinais aparecem”, diz Paula Rahal.

O autoexame não substitui o diagnóstico médico, mas acelera o processo de tratamento. “Uma pinta pode parecer relativamente normal para um paciente e ser um melanoma. Além da observação frequente, consultas e exames com o dermatologista pelo menos uma vez ao ano são importantes para perceber esses sinais logo cedo”, afirma a médica.

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Prevenção

O protetor solar tópico ainda é a melhor forma de prevenção contra o câncer de pele. Chapéus, óculos, roupas contra raios UV também são formas de proteção solar. A velha dica de evitar a exposição ao sol das 10 às 16h ainda é muito importante, já que este é o período de pico dos raios UVB, em especial no verão.

 “Para aplicação do protetor solar, tanto em dias ensolarados quanto nublados, a regra das colheres deve ser seguida. Uma colher de chá rasa de produto para o rosto e três colheres de sopa para o corpo. O fotoprotetor deve ser aplicado de manhã e reaplicado à tarde. Pessoas que transpiram muito ou estão em contato com água, como na praia ou na piscina, devem fazer a reaplicação a cada duas horas”, complementa Paula.

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Em crianças, o uso de protetor solar também é importante para prevenir o surgimento de cânceres de pele quando adultos, já que as queimaduras solares podem favorecer o aparecimento da doença. “Quanto mais cedo começar a prevenção, melhor. Se o cuidado com a pele foi iniciado desde a infância, o risco de desenvolver câncer de pele no futuro cai muito”, diz a oncologista Isabella Tavares.

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