Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 8, técnicos do Ministério da Saúde apontaram que, enquanto o número de diagnósticos positivos de Covid-19 tem sucessivas altas semanais, os registros de morte estão apontando para estabilização.
Para confirmar tal tese, foram usados os números acumulados durante os últimos boletins. Nas últimas cinco semanas, a variação de novas mortes da doença ficou entre 4% e 1%. Para comparar, a acréscimo de casos variou entre 22% e 2% no mesmo período. Em relação aos óbitos, a média diária ficou entre 974 e 1.037 registros. Mesmo que a estabilização seja uma boa notícia, o secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, ressaltou que tratam-se de taxas “muito altas”.
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Outra tendência nacional apontada na reunião foi a interiorização da doença. Antes, o maior acumulo de mortes e infecções era concentrada em regiões metropolitanas. Agora, a doença está partindo para regiões afastadas das grandes capitais. A distribuição de diagnósticos positivos, por exemplo, está 67% no interior e 37% nas capitais e regiões relacionadas. Em relação a óbitos, são 48% em áreas metropolitanas e 52% no interior. Há dez semanas, o cenário era bem diferente: as capitais acumulavam 64% dos casos e 62% das mortes.
Disseminação da doença
De acordo com informes da pasta, 96,4% dos municípios brasileiros já detectaram casos de coronavírus, totalizando 5.371 cidades afetadas pela doença. A pasta diz que 71% desses municípios foram afetados moderadamente, com com médias entre 1 e 100 casos confirmados de Covid-19. Em relação aos óbitos, são 2.840 cidades com registros fatais da doença, totalizando 51% de todos os municípios do país.