Coronavírus: mortes no Brasil passam de 900, com 17.857 infectados
Número de óbitos subiu em 141 casos em apenas 24 horas, o que representa um novo recorde diário
De acordo com o levantamento divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 941 mortos em decorrência de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. São 141 óbitos a mais em apenas 24 horas – no boletim de quarta-feira, 8, eram 800 mortos -, um novo recorde diário.
O número de casos confirmados chegou a 17.857, 1.930 a mais do que o registrado na quarta-feira, 8. Trata-se do maior aumento em um único dia desde o começo do monitoramento dos diagnósticos. A taxa de letalidade passou de 5% para 5,3%.
O Ministério da Saúde ainda não confirma o número de recuperados, mas tendo como exemplo o Hospital Albert Einstein em São Paulo, de 292 internações em decorrência da Covid-19 entre 26 de fevereiro e 8 de abril, 177 pacientes (60%) tiveram alta, cinco foram a óbito e 110 continuam hospitalizados.
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Clique e AssineAté a quarta, 8, foram registradas 34.905 hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (Srag) no país, o que representa alta de 277% em relação ao mesmo período de 2019. Dessas, 3.871 casos, o equivalente a 12%, foram causados pela Covid-19, de acordo com o levantamento do Ministério da Saúde. No entanto, 27.842 casos ainda estão em investigação.
São Paulo continua sendo o estado mais atingido pelo novo coronavírus. Mas proporcionalmente, a regiões mais afetadas pelos vírus é a 1ª região de Fortaleza (CE), com 43,9 infectados por 100.000 habitantes. Em seguida vem a cidade de São Paulo (SP), com 43,9 infectados por 100.000 habitantes; Manaus, entorno, e Alto do Rio Negro, com 28,1 infectados por 100.000 habitantes; Distrito Federal (DF), com 16,9 infectados por 100.000 habitantes; Área Central (AP), com 16,8 infectados por 100.000 habitantes; Laguna (SC), com 15,7 infectados por 100.000 habitantes; Rio Negro e Solimões (AM), com 15,4 infectados por 100.000 habitantes; Metropolitana (RJ), com 15,4 infectados por 100.000 habitantes; São Luís (MA), com 15,1 infectados por 100.000 habitantes; e Região 22 – Pampa (RS), com 14,9 infectados por 100.000 habitantes.
São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Ceará e Amazonas são os estados com a maior concentração de casos. O pico de transmissão do vírus nesses locais é esperado entre o fim deste mês e o início de maio. Por isso, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, recomentou que os governos locais mantenham as medidas de distanciamento social. “Em relação ao afrouxamento das quarentenas, o ministro foi muito claro de que nesses locais em que estão já com o sinal vermelho nós devemos dar a máxima atenção à questão da mobilidade social”, reforçou Gabbardo
Quarentena em São Paulo
Em São Paulo, estado com o maior número de casos e de mortes por Covid-19, a maioria da população passou a desrespeitar a quarentena. De acordo com o governador João Doria, apenas 49% dos moradores de São Paulo ficaram em casa na última quarta-feira, 8. É a menor taxa desde o início da quarentena no estado. O maior índice de isolamento registrado até o momento foi de 59%, no último domingo, 5.
O objetivo é chegar a uma taxa de 70% em todo o estado. A movimentação de pessoas em São Paulo será monitorada pelo Sistema de Monitoramento Inteligente. Os dados são fornecidos por quatro operadoras (Oi, Tim, Claro e Vivo) de telefonia celular e serão usados pelos governos estaduais e municipais para analisar se a população está respeitando as medidas de distanciamento social.
Pessoas que vivem em regiões com alto índice de aglomeração receberão mensagens SMS com alerta – e se preciso, advertência – sobre a importância de ficar em casa. Em relação à privacidade dos dados, segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, os dados são anônimos e agrupados. Portanto, não há como identificar individualmente a movimentação das pessoas, apenas a tendência em grupo.
Testes
O governo já distribuiu 892.676 testes exclusivos para Covid-19. De acordo Gabbardo, é o dobro do que já foi aplicado pela Coreia do Sul, que até o momento fez 450.000 testes. O país é visto como um exemplo de testagem. ” A Coreia que é o grande exemplo mundial não fez 500.000 testes até agora. Nós vamos fazer muito mais”, disse Gabbardo.