A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma transmissão online nesta terça-feira, 9, para esclarecer o que foi chamado de “mal-entendido” acerca de uma declaração da chefe do programa de emergências, Maria van Kerkhove, afirmando que a transmissão da doença por assintomáticos seria “rara”.
Maria afirmou que já é conhecido o fato de que algumas pessoas infectadas não desenvolvem sintomas, mas é conhecido também que esses indivíduos podem, sim, transmitir o vírus.
Sobre sua fala, de sentido aparentemente oposto, a especialista afirmou que estava referindo-se a estudos específicos ainda não publicados que buscavam analisar o contato de pessoas com pacientes assintomáticos ao longo do tempo. “É um entendimento errado afirmar que uma transmissão assintomática globalmente é muito rara. Eu estava falando sobre um subconjunto de estudos. Também fiz referência a alguns dados que ainda não foram publicados, informações que recebemos de nossos estados-membros”, disse. “Eu estava só respondendo a uma questão, não estava comunicando uma política da OMS ou algo assim”, afirmou.
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A especialista afirmou que ainda há uma série de dúvidas acerca da transmissão da doença. Ela pontou, por exemplo, que algumas modelagens chegam a atribuir 40% das transmissões aos infectados sem sintomas.
Outros questionamentos giram em torno de quantas pessoas não manifestam sintomas ao todo e, destas, sobre qual porção teria o potencial de transmissão. “Estamos absolutamente convencidos de que a transmissão por casos assintomáticos está ocorrendo. A questão é saber quanto”, afirmou o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan.
Os especialistas presentes na reunião transmitida pelas redes sociais reafirmaram a necessidade de manter hábitos de higiene, isolamento social, testagem como medidas de controle da pandemia.