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Coronavírus: quais os riscos de voltar à academia de ginástica

Estabelecimentos estão autorizados para retomar atividades em planos regionais de flexibilização, mas a prática requer extrema cautela dos frequentadores

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 jul 2020, 19h47 - Publicado em 24 jul 2020, 14h49

Com a flexibilização da quarentena para conter o novo coronavírus em parte das cidades brasileiras como São PauloRio de Janeiro Vitória, as academias de ginástica voltaram a funcionar, mas em esquema diferenciado — com lotação reduzida (em média 1/3 do que era permitido em tempos normais)  desinfecção de ambientes e distanciamento de pelo menos 2 metros entre os praticantes. Agendamento prévio para as práticas, uso de máscara e horários reduzidos também foram adotados: tudo para evitar novos surtos da Covid-19.

As medidas são efetivas para diminuir o risco das contaminações, mas não dão total segurança de que uma pessoa não será contaminada caso decida realizar treinos nesse tipo de estabelecimentos. Além disso, só devem ser cogitadas quando a pandemia estiver controlada, longe de lotação de leitos hospitalares e crescimento desenfreado de casos e mortes. É o que explica o presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Espírito Santo, Alexandre Rodrigues da Silva. “Ainda que esses ambientes sejam controlados e higienizados, há o risco de que as pessoas naquele local não tomem as precauções necessárias em suas vidas particulares e possam estar infectadas com o vírus, ou infectado-se no trajeto até la”, diz.

Manter janelas e portas fechadas, sem ventilação externa é também um fator de alto risco para os frequentadores. Ou seja, ainda que o clima não esteja ameno e a abertura de janelas torne-se desconfortável por conta do frio, é de extrema importância mantê-las com livre circulação de ar, pois o ambiente fechado com ar-condicionado pode propíciar o espalhamento do vírus. O mesmo vale para academias onde não há ventilação externa.  O melhor, nesses casos, é não ir, até que a epidemia esteja totalmente controlada na região.

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Exercitar-se fora de casa pode ser uma opção mais segura mas, é importante dizer, tampouco livre de riscos. “Em uma fila de ciclistas, caso um espirre, outro que passe ao lado ou um terceiro que esteja logo atrás podem aspirar essas gotículas e há risco de contaminação”, aponta o infectologista. Em ambientes internos ou externos, a melhor medida de precaução é realizar atividades individuais e longe de aglomerações.

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Estudo na Noruega

Uma pesquisa publicada na revista Science em 24 de junho apontou que frequentadores de academias em Oslo, na Noruega, não eram mais propensos a infectar-se com o novo coronavírus do que pessoas que não realizavam atividades físicas nesses ambientes. O estudo, no entanto, reflete um aspecto da região: durante a realização da pesquisa a área de Oslo já estava sob baixo risco de contaminação — o máximo de notificações em um único dia foram 24 diagnósticos positivos. Portanto, o estudo apenas ratifica que visitar a academia somente é seguro em áreas onde a transmissão do vírus é baixa. Do contrário, é melhor evitar.

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